quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Rescaldos da Guerra do Pacífico crescem em ondas perigosas para Bolívia e Chile

Guerra do Pacífico
Pouco falado, mas cada vez mais intenso, desenvolve-se um conflito diplomático importante na América do Sul.
No tribunal internacional de Haia, na Holanda, a Bolívia acusou hoje o vizinho Chile de “amnésia coletiva” ao negar o acesso boliviano ao Pacífico. O país ingressou em 2013 com um pedido na corte internacional para obrigar o Chile a negociar uma possível saída ao mar. Já o Chile afirma que a Bolívia pode usar seus portos em Arica e Antofagasta, no norte do país, masos bolivianos exigem um acesso soberano – o controle sobre parte do território que hoje pertence ao Chile.
Complicado…
Houve diversas negociações entre 1920 e 1983. É a elas que o país presidido por Evo Morales se refere.
Evo, aliás, tem feito dessa disputa um episódio de unificação nacional. É uma velha estratégia política.
A Bolívia, representada pela advogada Monique Chemillier, acusou que o Chile negligencia suas promessas de negociação feitas no passado e usou a expressão “amnésia coletiva”.
A argumentação boliviana é que o Chile se propôs em repetidas ocasiões, por meio de cartas e documentos diplomáticos, ceder um acesso ao mar. Chemellier alega que “promessas unilaterais ou intercâmbio de cartas são a fonte da obrigação de negociar de boa-fé um acesso soberano ao mar em benefício da Bolívia”.
Na última segunda-feira, o Chile pedira que o tribunal de Haia se declarasse incompetente para julgar a demanda boliviana, já que a divisão territorial entre os dois países foi definida em um tratado de paz de 1904.
Todo esse imbróglio tem como origem a Guerra do Pacífico (1879-1883). Encerrado o conflito, a Bolívia cedeu ao Chile uma área de 120 mil km² e uma costa litorânea de 400 km (equivalente ao dobro do litoral de Pernambuco).
Na foto acima, como era o mapa antes da guerra.
Abaixo, o mapa de como ficou e a reivindicação.
depois da guerra do pacífico
A paz, porém, jamais foi total entre os dois países.
Vinte e cinco anos depois do conflito armado, Bolívia e Chile assinaram um tratado de paz em que o Chile se comprometia em indenizar a Bolívia e oferecer facilidades no acesso aos portos da região dominada.
Nos anos 1980, tudo se complicou: os portos chilenos de Arica e Antofagasta foram privatizados, e os custos para as transações operadas pela Bolívia aumentaram, o que fez crescer o descontentamento boliviano.
Os bolivianos acham que ficaram a ver navios…
Mar para a Bolívia
 Fonte > http://wp.clicrbs.com.br

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