quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Jornal Nacional 28/09/2017

Plano de Carreira dos Graduados 2017 - Palestra EME



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História do Brasil no Haiti, Ep. 4 - "Um tiro em Cité Soleil"

"A Conquista da Cidade-Sol" - Histórias do Brasil no Haiti, Ep.3.

Histórias do Brasil no Haiti - Episódio 1 - "O Primeiro Comandante"

Histórias do Brasil no Haiti - Episódio 2 - Parreira fala sobre o Jogo da Paz

Histórias do Brasil no Haiti - "O Dia do Terremoto"

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Jungmann confirma que reestruturação da carreira militar não ocorrerá em 2017. De 'aumento', só as parcelas restantes do reajuste de 2015


Roseann Kennedy e o ministro da Defesa, Raul Jungmann

Na manhã de ontem (4), o ministro da Defesa Raul Jungmann concedeu uma entrevista a Roseann Keneddy, da TV Brasil. Falou sobre diversos assuntos: defesa das fronteiras, atuação das tropas brasileiras nos treze anos que integraram a missão de paz da ONU no Haiti, Plano Nacional de Segurança e ações integradas entre a polícia e as Forças Armadas.
Em meio à entrevista de 28 minutos, um pequeno espaço para a questão do plano de carreira e reajuste dos vencimentos dos militares. Jungmann confirmou que o projeto de reestruturação da carreira dos integrantes das Forças Armadas, embora permaneça na pauta, não irá ocorrer esse ano, em função das restrições orçamentárias. Confira essa parte da entrevista, a partir de 11min45s:


Roseann -  E há espaço para (diante desse cenário) para voltar a conversar sobre plano de carreira e reajuste de salários das Forças Armadas?
Jungmann - Tem que haver. Por que, de fato, hoje, os salários das nossas Forças estão muito defasados em relação a outras carreiras de Estado. Para você ter uma ideia, o topo da carreira militar [coronel] é menos do que o inicial de outras carreiras de Estado, como no Judiciário, Legislativo e Ministério Público. E nós sabemos que os nossos militares, além do comprometimento e profissionalismo, têm imenso comprometimento e levam uma vida de sacrifícios. Por isso, eu entendo que, em que pese toda a restrição, não podemos abandonar a perspectiva de reestruturar a carreira militar, porque senão o fizermos não vamos mais atrair talentos, não vamos trazer para dentro das Forças pessoas com disposição e compromisso para levar adiante essa obra tão fundamental para a Defesa do Brasil e para os nossos interesses, que é desempenhada pelas Forças Armadas.
Roseann - Mas isso para os próximos anos, para esse ano, não mais...

Jungmann -  Esse ano, sim, já sabemos que não teremos aumento. Mas nós tínhamos, ainda no governo anterior, negociado um aumento em quatro parcelas. Já tínhamos recebido uma em 2015, outra em 2016 e as parcelas do nosso acordo anterior [...] de 2018 e 2019 estão asseguradas. Não é suficiente, precisamos muito mais, mas o Presidente Temer foi compreensivo e nós mantivemos essas conquistas.



Com informações da TV Brasil

Fonte  MONTEDO

Não há respaldo nas Forças Armadas para intervenção militar”, diz general Etchegoyen

Ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen é um dos homens fortes do governo Temer

 CRÉDITO: Claudio Vaz, Agência RBS, 03/02/2011

Novo general da 3ª Divisão do Exército, Sérgio Westphalen Etchegoyen
Claudio Vaz / Agencia RBS
CAROLINA BAHIA
SILVANA PIRES / RBS BRASÍLIA
Um dos homens fortes do governo Temer, o general Sérgio Westphalen Etchegoyen nega que exista espaço nas Forças Armadas para uma intervenção militar. A polêmica voltou ao debate depois que outro general, Antonio Hamilton Mourão, deu uma declaração durante encontro de uma loja maçônica em Brasília. Sem comentar a postura do colega, Etchegoyen, que é ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) é enfático:
- Não tem o menor espaço para isso. A sociedade evoluiu.
Etchegoyen está à frente também das ações estratégicas de segurança, como a operação no Rio e o controle de fronteiras. Ao lado do Ministério da Justiça, prepara um pacote de propostas na área de segurança pública para ser encaminhado ao Congresso, após a votação da segunda denúncia contra o presidente da República.
Gaúcho, de Cruz Alta, o general de Exército despacha do quarto andar do Palácio do Planalto. No amplo gabinete, não esconde as raízes. Em cima da mesa de trabalho, o chimarrão e a garrafa térmica o acompanham na pesada rotina:
- É o meu energético – brinca.
A seguir, os principais trechos da conversa:

Nesta semana voltou à tona a discussão da chamada intervenção militar, com uma declaração polêmica do general Antonio Hamilton Mourão. Ele poderia ter dado aquela declaração?
Esse é um assunto do Comandante do Exército. É um assunto dele, que está conduzindo o assunto, não vou atropelar.

Mas por que esse assunto da intervenção militar volta e meia volta ao debate?
Eu fui Chefe do Estado Maior do Exército. Tive, por sorte na vida, diversas posições favorecidas para conhecer o Exército. Nunca ninguém tratou desse assunto comigo. Nunca. Nunca. Jamais alguém sentou comigo e disse: “vem cá, e se.. o que nós vamos fazer?” Temos que entender o seguinte: as Forças Armadas nunca vão intervir? Nunca eu não diria, mas não é intervir.

O que seria, então?
Em uma situação extrema, um caos absoluto, sei lá, um cataclisma. Então é possível que as Forças Armadas sejam empregadas para cumprir seu papel. Mas isso não pressupõe sob o Estado de Direito. Eu vi só um trechinho da resposta do Mourão, não sei em que circunstância ele falou. Mas a minha geração, que é a mesma do Mourão, do Villas-Bôas, ela é intrinsicamente legalista. Eu posso te afirmar: tem um espírito democrático. Nós nos preparamos a vida inteira para ser soldado de um Brasil democrático, dentro da normalidade democrática. Sabe quem é que me preparou para isso? Quem fez 64. Foi a geração que fez 64 que educou a minha. Ou seja, nós tivemos uma formação democrática por uma geração que entendeu que o caminho democrático, até por experiência própria, era o melhor.

Haveria hoje respaldo de setores das Forças Armadas para algum movimento neste sentido?
Você acha que essa conversa prospera em algum lugar? Nós não encontraremos respaldo nas Forças Armadas, não encontraremos respaldo na política. O Brasil viveu profundas crises estruturais, que coincidem com profundas e extensas crises setoriais. Crises estruturais hoje quais são? Política, econômica, segurança pública e moral – que é a pior delas. As outras são setoriais, de transporte, educação, saúde. A gente tem como arrumar. Confundir essa crise com a negação da política ou com a desqualificação das instituições, aí, sim, é o caminho do golpe, de quem quer que seja. A política é a forma civilizada que a humanidade encontrou para resolver as suas contradições internas, as suas disputas internas. Nós chegamos num nível de maturidade política que nos permitiu atravessar tudo que estamos atravessando, sem solavancos. Qual foi a derrapada institucional que nós demos? Nenhuma.

Então hoje não haveria espaço para uma intervenção militar?
Não. Não tem o menor espaço para isso, porque a sociedade evoluiu.

Há muita crítica quanto ao uso das Forças Armadas na segurança pública. Qual a sua opinião a respeito dessas operações?
Eu não sou a favor do uso. Eu acho que uma democracia saudável tem agências suficientemente competentes e fortalecidas para cumprir cada papel da sociedade. Quando a Constituição nos reorganizou, estabeleceu competências, inclusive competências complementares. Mas a realidade é que a gente vive não é só o emprego das Forças Armadas na segurança. É o emprego das Forças Armadas substituindo um monte de agências do Estado. Ou como diz o Comandante do Exército: vai lá no Posto Ipiranga!

Mas a própria Constituição permite esse uso em caso de emergência, não é?
A Constituição deu a competência às polícias estaduais e para os órgãos de segurança pública da União. Preservou as Forças Armadas para uma possibilidade de atuar em uma emergência. Mas nós estamos em emergência há muito tempo. De 2012 para cá atuamos 33 vezes. Quer dizer, tu tens uma falência do Estado em algum ponto. Eu não vou dizer que é a falência dos órgãos de segurança pública, porque pode ser que eles não tenham condições financeiras. Então, ninguém vai imaginar que as Forças Armadas, com a organização que tem, com a capacidade de comando e controle que tem, com a disciplina que tem, com a capacidade de planejamento que tem, vai ficar lá de braços cruzados esperando que caia o mundo.

Dentro da discussão do Plano Nacional de Segurança o governo vai propor mudanças na legislação?
Tem que mexer na legislação. Nós estamos trabalhando nisso. Já foi feita a primeira mudança, que é considerar o porte de fuzil como crime hediondo. O porte de arma privativa das Forças Armadas é crime hediondo. E estamos tentando mexer na Lei de Execução penal. O cara não pode passar para o setor de liberdade com a facilidade que acontece hoje.

Será um projeto do Executivo ou serão aproveitadas propostas que já estão no Congresso?
Tem coisa tramitando no Congresso, mas já propostas que nós estamos organizando, de ajustes da legislação penal e na legislação de proteção das Forças Armadas para atuar. Hoje tu tens tanta coisa. Por exemplo: que eficácia tem um mandado de busca em uma comunidade? Não tem nenhuma eficácia. O sujeito está com o fuzil na casa dele, mas quando chega a polícia, ele joga na casa ao lado. O fato da desordem urbana, que existe nestas comunidades, é de tiranização das pessoas pelo crime. E, do jeito que é hoje, a polícia não consegue um mandado de busca coletivo.

Quando o governo encaminha essas medidas para o Congresso?
Agora para tudo no Congresso com essa denúncia contra o presidente.
A expectativa no Congresso é de em três semanas levar para o plenário.

São três semanas que não se faz nada. Tu achas que dá pra discutir alguma coisa disso até lá?
Isso está sendo feito em conjunto com o Ministério da Justiça?
Sim, até liderado pelo Ministério da Justiça. O GSI no começo ficou meio de estuário, vinham para cá todas as necessidades e entregavam para alguém.

Fonte  GZH/montedo.com

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Forças Armadas reafirmam apoio a operações de segurança no Rio

EXÉRCITO NAS RUAS

COMANDO MILITAR DECIDE MANTER AÇÕES DE GARANTIA DA LEI E DA ORDEM
COMANDO MILITAR DO LESTE GARANTIU QUE AÇÕES VÃO CONTINUAR
As Forças Armadas reafirmaram o apoio na manutenção das operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Rio de Janeiro. Em nota divulgada neste sábado (16), o Comando Militar do Leste (CML) esclareceu que não haverá descontinuidade nas ações e que há verbas previstas pelo Ministério da Defesa para a manutenção das ações conjuntas com a Secretaria de Estado de Segurança.
O comunicado é uma resposta ao anúncio de que as operações das Forças Armadas poderiam ser descontinuadas por falta de verbas, veiculado em parte da imprensa na sexta-feira (15).
“O Estado-Maior Conjunto, composto por representantes das três Forças Armadas e de órgãos de segurança pública federais e estaduais, permanece em condições de realizar o planejamento e a coordenação de ações integradas, mediante solicitação da Secretaria de Estado de Segurança”, diz a nota.
O comando ressaltou que verbas para sustentar as operações já estão sendo enviadas do Ministério da Defesa para as demais unidades militares, através dos procedimentos burocráticos normais.
“Recursos orçamentários federais referentes a ações já realizadas em apoio ao Plano Nacional de Segurança Pública no Rio de Janeiro estão sendo descentralizados pelo Ministério da Defesa e seguem em trâmites burocráticos até serem creditados nas unidades administrativas envolvidas na logística das operações. À medida que novas ações ocorrerem, outros recursos serão descentralizados.”

Federação das Indústrias
Neste sábado, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) emitiu nota considerando imprescindível o retorno dos militares às operações de segurança.
“O Sistema Firjan vem a público para manifestar que considera imprescindível o retorno das tropas federais às operações de combate ao crime no Estado do Rio de Janeiro. Quando as ações federais tiveram início, no final de julho, houve a promessa de que se estenderiam até 2018. A população fluminense conta com a preservação deste compromisso”, diz a nota.
A entidade, que representa o segmento industrial do estado, fez um apelo para que seja feita uma reunião entre os agentes de segurança estaduais e federais, a fim de garanrtir a permanência das tropas no Rio.
“É algo fora de questão imaginar que o Rio possa prescindir da tão necessária e sempre relevante ação de Marinha, Exército, Aeronáutica, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional de Segurança Pública e Agência Brasileira de Inteligência. É obrigação do Governo do Estado do Rio de Janeiro reunir-se de imediato com o Ministério da Defesa a fim de elaborar, com a devida urgência, uma estratégia conjunta para encontrar as soluções necessárias à permanência das tropas federais no Rio de Janeiro.”

Secretaria
Procurada para se posicionar sobre o assunto, a Secretaria de Segurança divulgou nota elogiando as ações conjuntas realizadas com as forças federais.
“A Secretaria de Estado de Segurança (Seseg), por meio das polícias Civil e Militar, com o apoio de Forças Federais, deflagrou, no último mês, três grandes operações. As ações viabilizaram a prisão de 88 pessoas. Enquanto as polícias Civil e Militar atuavam nas comunidades no cumprimento de mandados, as Forças Armadas ficaram responsáveis pelo cerco no entorno das áreas e garantindo a ordem sem que nenhum distúrbio tenha sido registrado nas grandes operações. A ação das Forças Armadas nas operações se soma a um extenso e exitoso histórico de ações integradas com a Seseg”, destacou a secretaria. (ABr)
DIÁRIO do PODER/montedo.com

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Defesa unifica alistamento militar das Forças Armadas

Alistados não poderão mais escolher entre Exército, Marinha e Aeronáutica

Exército Brasileiro - Michel Filho / Agência O Globo
POR O GLOBO
RIO - O Ministério da Defesa decidiu unificar o processo de alistamento, seleção e designação para o serviço militar obrigatório (SMI) das três Forças Armadas, realizado pelo Sistema Eletrônico de Recrutamento Militar e Mobilização (SERMILMOB). A partir de agora, quem se alistar não poderá mais escolher previamente entre Exército, Marinha e Aeronáutica. No alistamento unificado, será possível apenas assinalar a Força de preferência, mas a administração do processo seletivo não tem a obrigação de seguir a indicação.
Portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) informa que o alistamento poderá ser realizado via internet ou presencialmente em uma Junta do Serviço Militar, mediante o preenchimento de formulário eletrônico disponibilizado pelo SERMILMOB, administrado pelo Comando do Exército.
"Na seleção geral o alistado poderá indicar a Força Armada na qual pretende prestar o SMI, sem, no entanto, obrigar a Administração a observar essa indicação. O controle e a destinação dos designados à incorporação ou matrícula competem à Força Armada respectiva para a qual forem distribuídos", informa a portaria.
O alistamento online está disponível apenas em parte dos estados brasileiros. O serviço ainda não é oferecido para residentes de Acre, Amazonas, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima e São Paulo (interior). Nesses locais, o alistamento ainda deve ser feito presencialmente.

Fonte > O GLOBO/montedo.com

domingo, 3 de setembro de 2017

10 AVIÕES DE GUERRA MAIS TEMIDOS NO MUNDO INTEIRO

GRAFENO: mais uma riqueza desconhecida da maioria dos brasileiros.

Os novos Processadores de Grafeno - Diolinux DROPS



Dois cientistas da Coreia do Sul conseguiriam realizar uma façanha para o mundo tecnológico e científico nunca antes vista. Eles conseguiram sintetizar um cristal de grafeno perfeito (ou quase) com 50 cm te comprimento e 5 cm de largura.

A utilização deste material para a fabricação de processadores seria uma forma muito eficiente de aumentar a potência computacional e reduzir o tamanho, diminuindo também o consumo de energia e por consequência, aumentando a eficiência.

Matéria completa sobre os processadores de Grafeno no blog: https://goo.gl/DvYwQM

Jornal da Band com Ricardo Boechat falando sobre o grafeno

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Rio em clima de guerra é ‘exagero midiático’, diz porta-voz das Forças Armadas


Rio em clima de guerra é ‘exagero midiático’
Para porta-voz do Estado-Maior da operação militar, não se vive ‘guerra’ na capital

Entrevista com
Roberto Itamar Cardoso Plump
Rio em clima de guerra é ‘exagero midiático’
Exemplo. ‘Eu mesmo sou morador de Copacabana e levo uma vida tranquila’  Foto: Fábio Motta/Estadão
Luiz Maklouf Carvalho, O Estado de S.Paulo
O coronel da reserva Roberto Itamar Cardoso Plump, porta-voz do Estado Maior da operação massiva das Forças Armadas no Rio de Janeiro, disse ao Estado que é "um exagero meio midiático" a imagem de que a cidade vive em clima de guerra. "Não é bem assim, não quer dizer que o morador não possa ter uma vida normal", explicou. "Eu mesmo sou morador de Copacabana, e levo uma vida tranquila, como a maioria dos moradores das zonas não controladas pelo tráfico".
O coronel, de 59 anos e avô de dois netos, é pós-graduado em comunicação e marketing. Quando foi para a reserva, em 2011, já somava 37 anos de Exército - onde entrou, com 16, na escola de cadetes de Campinas. Especializou-se na área de comunicações - para a qual acabou voltando, a convite, para atuar, por exemplo, nos Jogos Olímpicos.
Ele recebeu o Estado na manhã da quarta-feira, 23, no 8º andar do sempre monumental Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar do Leste, na região central. À paisana - calça vinho e blazer cinza, sem gravata - fez um balanço da megaoperação, que nesta segunda-feira completa um mês. Contou, por exemplo, que não houve deslocamento para o Rio de Janeiro de nenhum militar de outras praças. "São todos lotados no Rio", disse. O contingente militar no Estado é de 40 mil integrantes - e daí é que foram deslocados os quase quinze mil usados nas quatro operações realizadas até aqui. Na próxima - mantida em sigilo -, será a mesma coisa.
O Estado está há dez dias circulando a pé, de metrô, de VLT, em horários diversos, incluindo a noite, por parte da zona sul do Rio - Catete, Flamengo, Largo do Machado, Botafogo, Copacabana, Centro. Não vimos nenhuma cena de violência, muito menos de guerra, e sim um clima de tranquilidade.
A verdade é que qualquer coisa que acontece no Rio, às vezes de menor gravidade, acaba ressoando para o Brasil e para o mundo. A impressão das pessoas que estão fora é que a cidade tem um assalto a cada esquina, que você anda se esquivando de balas perdidas pela cidade, que você não possa sair, andar pelas ruas, que não possa sair e ir a uma boate, a um cinema. Fica a impressão de que o Rio de Janeiro vive uma guerra - e não é bem assim. Essa imagem de guerra é um exagero meio midiático, não corresponde à realidade.

E qual é a realidade?
Existem sim algumas áreas de maior risco, de maior perigo, dominadas pelo tráfico, dominadas pela bandidagem. Existe moleque de rua, como existe em toda a cidade, existem moradores de rua - que tem aumentado muito, consequência talvez da crise social e econômica -, existem assaltos, roubos de carro, como existem em toda cidade do mundo. Mas quando acontece no Rio de Janeiro, ganha uma repercussão maior. Em consequência até disso, as organizações criminosas ganharam uma visibilidade que para elas é uma demonstração de poder quando aparecem na mídia nacional e internacional.

Como é que o sr. definiria, geograficamente, o Rio tranquilo, e o Rio dominado?
Toda a cidade do Rio de Janeiro pode ser considerada uma cidade normal, exceto nas áreas dominadas pelo tráfico, as comunidades, os morros, que as facções ocuparam, e impedem o acesso às ações do Estado. Aí eu incluo, além das facções criminosas, eventuais milícias, que fazem a mesma coisa.

Que balanço o sr. faz desse primeiro mês de atuação das Forças Armadas, com suas quatro megaoperações?
Houve uma primeira ação, em toda a área metropolitana do Rio de Janeiro, com 8.500 homens, que fizeram uma ação de presença, para marcar o início da operação e dizer "as Forças Armadas agora vão apoiar as forças policiais". Durou cinco dias. Depois houve três operações: Lins de Vasconcelos, 3.600 homens; depois Niterói, com 2.500, e agora a terceira, no complexo do Jacarezinho e adjacências, com 5.500 homens. São números das FFAA, sem contar as forças policiais.

Qual é a diferença da intervenção de agora para as anteriores - muito criticadas?
Nos grandes eventos anteriores - complexo do Alemão, favela da Maré - foram ações permanentes, ostensivas e duradouras. O Plano Nacional de Segurança Pública, que está sendo aplicado agora, tem uma nova proposta. São ações pontuais, e com objetivos bem definidos, de forma a apoiar os órgãos de segurança pública estaduais.

Com que objetivo?
Para que eles possam, com segurança, realizar as ações ou executarem os mandados de justiça que existem pendentes, como mandados de prisão, ou de busca e apreensão.

Como é que se define cada ação?
O Estado Maior Conjunto, que foi criado e está sediado aqui, no Comando Militar do Leste, faz um trabalho de inteligência que integra os conhecimentos das forças policiais e militares. Esse trabalho integrado, de inteligência e de planejamento, é que define as ações onde mais houver necessidade.

Está adiantando alguma coisa?
Não vai ter resultados imediatos. Não será apenas liberando uma área, ou duas, ou três, que se vai resolver o problema da segurança pública em todo o Rio de Janeiro. O que se pretende é, com várias ações, em vários pontos, tentar minimizar ou enfraquecer a criminalidade. Só ações policiais não vão resolver. É necessário que o Estado atue com as ações sociais e educacionais. Toda essa complexidade de medidas é que pretende levar a um resultado ao final aí de um, dois anos, ou talvez até mais, para que o problema de tantos anos possa ser pelo menos minimizado.

Ações que empregam milhares de milhares têm de ter algum resultado imediato, não?
Esse é sempre um parâmetro que se busca, comparar resultados. Mas a gente não pode fazer uma proporcionalidade entre o número de efetivos empregados por forças militares e os resultados obtidos numa certa operação.

Por que não?
Porque existem vários fatores que são utilizados para se chegar a uma conclusão sobre qual efetivo empregar em cada operação dessas.

Porque as Forças Armadas colocam tanta gente?
Porque trabalham com um princípio tradicional da guerra, desde a antiguidade, que é o princípio da massa: se um soldado é atingido, cem vão em cima de quem atingiu. É assim que os exércitos trabalham. O princípio da massa e o princípio da manobra, ou seja, a maneira como vai ser empregada, são fundamentais em qualquer operação militar. A massa e a manobra.

Qual é a diferença para os órgãos policiais?
Os órgãos policiais não trabalham com massa. Trabalham com equipe, dois, três, cinco, dez, uma grande operação às vezes vai ter cem. É diferente.

O tamanho da área a ser ocupada também obriga ao emprego da massa, não?
A outra razão de ser desse grande número é o perímetro ser ocupado de modo eficiente. Tem que ter gente para revistar, para identificar, para checar se aquela pessoa é realmente o que está dizendo, para revistar os carros, os porta-malas. Nessa última operação (no Jacarezinho) até o caminhão do lixo foi revistado. Porque o caminhão do lixo é um excelente meio para a bandidagem sair com material ilícito. Se a tarefa das Forças Armadas for bloquear, cercar, pode ter certeza que isso vai ser feito. Não vai passar ninguém. Então esse trabalho está sendo bem feito.

O fato de o militar ser treinado para a guerra não potencializa a ocorrência de conflitos?
Essa visão não é correta. A destinação constitucional das Forças Armadas - artigo 42 - prevê o emprego das FFAA na defesa da pátria e na garantia da lei e da ordem. As FFAA brasileiras tem experiências anteriores nesse tipo de operação. Além disso, existiu e ainda acontece, está terminando agora, a experiência do Haiti. Grande parte desses soldados que está sendo empregada aqui passou pelo Haiti. Outro aspecto a considerar é que o treinamento militar é realmente intenso no que diz respeito à guerra, e, também, no que diz respeito aos protocolos de abordagem, aos protocolos de contato com o inimigo.

Como assim?
Por uma questão de treinamento, de adestramento militar, o militar não atira a esmo. Só atira em alvos. Ele identifica como alvo o agressor e aí é que ele vai atirar. Só aí a redução de risco de bala perdida é muito grande.

Valeu a pena usar um efetivo tão grande para resultados julgados tão pequenos?
Foram pouquíssimos os casos de tiroteios ou trocas de tiro nas três operações realizadas até agora. Então, só a presença das Forças Armadas inibe, não há praticamente tiroteio. A bandidagem sentiu-se acuada. A bandidagem entendeu que não existe local onde ao poder de polícia não possa ser exercido. Então os valores que se busca já estão acima dos valores que se pode mensurar com o número de armas apreendidas ou quanto se gastou na operação.
A bandidagem aqui do Rio é muito profissional, tem uma bagagem de velhos carnavais. Nesses momentos em que a repressão fica ostensiva, a bandidagem se retrai inteiramente, os fuzis somem inteiramente, não porque ela se sinta inibida, mas porque não quer confronto.
Mas inibe temporariamente, embora não resolva o problema.

Esse recuo é uma estratégia da bandidagem - não por uma inibição diante da operação, mas porque decidiu recuar. Quando vocês saem, reaparece a bandidagem, reaparecem os fuzis... Como é que se enfrenta isso?
É isso que justifica uma forma diferente de enfrentamento do problema, como estamos fazendo agora com o Plano Nacional de Segurança Pública. É diferente das estratégias anteriores. O que se quer é atingir as organizações criminosas na sua infraestrutura de sustentação, na sua organização, na sua articulação, na sua capacidade de se armar, na sua sustentação financeira.

Nessa última operação vocês tiveram uma baixa, não?
Houve um tiro na mão de um soldado, de uma pistola, atiraram mesmo. Mas em três operações, com média de quatro mil homens, um soldado ser atingido na mão não significa praticamente nada. Ele já está medicado, não houve dano maior.

Qual é a origem dos efetivos que estão sendo usados nas operações?
Todos os efetivos estão localizados no Rio de Janeiro. Não veio ninguém de fora. As Forças Armadas tem 40 mil homens e mulheres aqui no Rio de Janeiro. Empregar 8.500 pessoas para nós é normal.

O sr. está otimista? Acha que agora vai?
O militar tem que acreditar no cumprimento da sua missão. Quem não acreditar, desiste e vai embora. 
Fonte > ESTADÃO/montedo.com