sábado, 11 de maio de 2019

Militares no governo: A caserna trabalha sem alarde e faz diferença

Anderson Gabino
O DIPLOMÁTICO:
General Hamilton Mourão (vice-presidente)
ADNILTON FARIAS
No início do governo, o vice-presidente e general Hamilton Mourão pediu ao presidente Jair Bolsonaro que ele tivesse uma função preponderante no governo, para que não ficasse como mera figura decorativa.
Ele queria ser uma espécie de supervisor das ações de todos os ministros na Esplanada, mas acabou se sentindo escanteado. Por isso, criou uma agenda própria. Passou a dialogar tanto com políticos da direita, quanto da esquerda, abrindo uma janela de diálogo mais ampla que a do próprio presidente.
Assim, Mourão se transformou no contraponto pragmático do governo, ajudando a estreitar relações com parceiros comerciais históricos como os países árabes e a China, regiões com as quais Bolsonaro criou atrito por conta, sobretudo, da tentativa de transferir a embaixada brasileira de Israel para Jerusalém.
O CONSELHEIRO
General Augusto Heleno (ministro do Gabinete de Segurança Institucional)
Valter Campanato/Agência Brasil
É tido como o principal conselheiro do presidente. Com um estilo calmo e conciliador, vem atuando como bombeiro em várias crises provocadas por integrantes do próprio governo, principalmente a decorrente do episódio das investidas públicas do ideólogo Olavo de Carvalho e dos filhos do presidente contra militares. Lhano no trato, ele é visto por todos como a voz mais ponderada do Palácio do Planalto.
O EMPREITEIRO
Capitão Tarcísio de Freitas (ministro da Infraestrutura)
Alberto Ruy
Considerado um dos ministros mais competentes do governo Bolsonaro, o capitão Tarcísio de Freitas tem como principal característica a efetividade do trabalho.
A infraestrutura é a pasta de onde estão vindo as principais notícias positivas do governo, com a concessão de 12 aeroportos e a recuperação e reestruturação de rodovias importantes como a BR-163 até Miritituba e a BR-135 (no Maranhão), parada desde o governo Dilma.
O ministro destravou também outros leilões de privatizações, como a venda de seis áreas portuárias no Pará, assinou oito contratos de adesão de Terminais de Uso Privado (TUPs) para ampliar a movimentação de cargas em portos, e agilizou outros dois leilões de arrendamento dos Portos de Santos (SP) e Itaqui (MA), tudo para facilitar a concessão da ferrovia Norte-Sul.
O ARTICULADOR
General Santos Cruz (ministro da Secretaria de Governo)
Metódico e direto, o ministro Carlos Alberto Santos Cruz, da Secretaria de Governo, é o grande personagem da articulação política do governo Bolsonaro, avocando para si funções do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
Para a tramitação da Reforma da Previdência, por exemplo, Santos Cruz montou um núcleo de acompanhamento político e organizou uma lista de 25 deputados federais que o tem auxiliado na função.
Foi ele quem ajudou o PSL a indicar nomes para fazer parte da tropa de choque em defesa do Planalto na Comissão Especial na Câmara. Nos bastidores, é visto como um dos ministros que mais trabalham. Em geral, é o primeiro que chega e último que deixa o Palácio do Planalto.
Também tem comandado com pulso firme a comunicação, desautorizando o repasse de verbas publicitárias a blogs, alguns deles alinhados, inclusive, ao bolsonarismo, o que irritou o filho do presidente, o vereador Carlos.
O COMUNICADOR
General Rêgo Barros (porta-voz da presidência)
Valter Campanato/Agência Brasil
Se dependesse exclusivamente do general Otávio Rêgo Barros, porta-voz da presidência, o governo não teria entrado nem em 10% das enrascadas provocadas por erros de comunicação.
Graças a ele, houve melhorias no diálogo do presidente com a imprensa a partir do final de janeiro. E é ele o responsável por amenizar confusões provocadas pelo governo. Militar formado na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras), tem como especialidade o gerenciamento de crises.
Indicado pelo general Augusto Heleno, é considerado dentro do núcleo militar como um dos melhores quadros da caserna. Também é respeitado pela ala ideológica do governo, justamente por não emitir opiniões sem antes combiná-las com o presidente Bolsonaro.
Prestigiado, passou a integrar o primeiro-time de conselheiros palacianos. Ultimamente, é ele quem dá a tônica moderada das notas oficiais lidas em nome do presidente da República.
ISTO É, via DEFESATV/montedo.com

Militares do Quadro Especial vão à luta!



Militares da Reserva do Exercito se reuniram com deputado Beto Pereira em Aquidauana Aquidauana (MS) – O deputado federal Beto Pereira em visita na manhã desta sexta-feira ao município de Aquidauana recebeu no Paço Municipal uma comissão de Militares da Reserva do Exercito Brasileiro. O grupo liderado pelo suplente de vereador Sargento Cruz (MDB) abordou com o parlamentar aspectos do PL enviada ao Congresso Nacional que trata da Reforma da Previdência dos Militares. O presidente Jair Bolsonaro entregou no dia 20.3 à Câmara dos Deputados a proposta com novas regras de aposentadoria para os militares. O texto prevê uma economia R$ 10,45 bilhões em 10 anos, incluindo a reestruturação da carreira dos integrantes das Forças Armadas, desde então se estabeleceu uma ampla discussão sobre nos municípios brasileiros. 

A proposta aumenta o tempo mínimo de serviço para a aposentadoria dos atuais 30 anos para 35 anos, além de subir a alíquota da contribuição de 7,5% para 10,5% sobre o rendimento bruto da categoria. Segundo os militares da Reserva do Exercito Brasileiro que participaram da reunião com o deputado federal Beto Pereira (PSDB) em Aquidauana, todos estão favoráveis a reforma, porém contrários a forma como o Projeto de Lei foi enviado ao Congresso Nacional, pois militares de baixa patentes e as pensionistas sofrerão perda se o projeto for aprovado do jeito que está. A reunião com o parlamentar contou com a presença do suplente de vereador Sgto Cruz (Aquidauana), Sgto Batista (Jardim), Sgto Garcia (Nioaque), Sgto Cardoso (Aquidauana) e Cabo Miguel (Aquidauana) todos da Reserva do Exercito Brasileiro. Ao final os militares elogiaram a disposição do deputado Beto Pereira em ouvir a comissão para que se tenha uma avaliação mais próximo da realidade do que representa a Reforma da Previdência dos Militares em discussão na Câmara dos Deputados em Brasilia.

domingo, 5 de maio de 2019

Maia fecha acordo para aprovar Previdência dos militares sem mudanças

Igor Gadelha
O Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, fechou acordo com o Centrão e partidos simpáticos ao governo para tentar aprovar o projeto de reforma da Previdência dos militares como foi enviado pelo Ministério da Defesa.
A decisão representa uma mudança de orientação dos parlamentares, que criticara a proposta no início. A principal ressalva era a reestruturação da carreira dos militares, prevista no projeto.
“Fizemos uma reflexão”, justificou Maia a Crusoé. Além da “reflexão”, contou a favor a articulação feita por militares e alta patente, que têm procurado as principais bancadas para defender a proposta.
Maia prometeu instalar em 8 de maio a comissão especial que analisará o mérito do projeto de reforma dos militares. O colegiado deverá ser presidido pelo MDB, enquanto a relatoria deve ficar com Vinícius Carvalho, do PRB.
Crusoé/montedo.com

“Não podemos fazer frente a ninguém”, diz Bolsonaro sobre eventual intervenção militar na Venezuela

Fonte: MONTEDO

Em entrevista a José Luiz Datena no programa Brasil Urgente da última terça-feira (30), o presidente Jair Bolsonaro descartou qualquer ação militar brasileira na Venezuela. “Não podemos fazer frente a ninguém”, disse, referindo-se ao sucateamento que as Forças Armadas teriam sofrido a partir de FHC e nos governos petistas. “A nossa preocupação é muito mais não sermos invadidos do que invadir”, completou Bolsonaro.


“Para a tomada do poder, ou para a conquista do poder de forma absoluta, ignorando a democracia e passando por cima da liberdade do nosso povo, a esquerda, o PT, tinha um grande obstáculo. Esse grande obstáculo — além das religiões, eu reconheço — tem a questão das Forças Armadas. Então, como você faz para dobrar a espinha vertebral das Forças Armadas, aniquilá-la, deixá-la de lado? É fazendo um trabalho como eles fizeram. Não só de sucateamento das Forças Armadas, como a tentativa constante de desacreditá-las junto à população, como a por exemplo a dita tal da Comissão da Verdade, uma grande mentira, um grande engodo, que serviu para solapar, e muito, as Forças Armadas durante mais de 10 anos. E nós sobrevivemos a tudo isso daí. Agora, umas Forças Armadas, você não faz de uma hora outra.”
Eu não posso, até em quatro anos de governo meu, eu não tenho como erguer as Forças Armadas e colocá-la num estágio, né?, em que ela realmente possa, com garantia, dizer que nós estamos defendendo, né?, que estamos em condições de defender o nosso país de invasões ou de aventureiros que, porventura, queiram se apoderar de parte do nosso território. Agora, nós vamos trabalhar nesse sentido para ir recuperando as Forças Armadas porque, Datena, é as Forças Armadas de todos nós. É o ditado, né? Quem quer a paz tem de se preparar para guerra, e as nossas Forças Armadas, em que pese o caráter, a formação, o patriotismo, dos homens e mulheres que integram o Exército, a Marinha e a Aeronáutica, nós não estamos bem de armamento. Nós não podemos fazer frente a ninguém! Se um país importante aí, bélico, nuclear, quiser aqui impor sanções a nós ou quiser, quem sabe, até partir para uma guerra de conquista — eu sei que hoje em dia isso quase não existe —, mas queiram usar do nosso país, as nossas Forças Armadas têm um poder de reação um tanto quanto pequena. Nós não queremos falar de invasão da Venezuela. Você teria de analisar muita coisa. Que tipo de guerra seria isso daí? Seria uma aventura no meu entender. Agora, a última análise, em última hipótese, existe essa questão: mas não nós invadirmos; A nossa preocupação é muito mais não sermos invadidos do que invadir. Não é essa a nossa vocação. Então as nossas Forças Armadas foram realmente muito maltratadas desde o governo Fernando Henrique Cardoso até agora por quê? Nós, a exemplo das religiões, éramos e somos um obstáculo definitivo para a tomada do poder”.

No vídeo, ela começa aos 26min10s: