terça-feira, 16 de maio de 2017

Forças Armadas? Não precisa!


Fonte > Montedo

Última missão brasileira embarca para o Haiti

Viracopos: soldados do Exército Brasileiro embarcam para o Haiti em missão de paz

Cerca de 250 soldados e oficiais foram nesta terça-feira (16); são as últimas tropas brasileiras enviadas para aquele país durante a Missão de Paz.
Por Jornal da EPTV 1ª Edição
Duzentos e quarenta e três militares do Exército Brasileiro embarcaram nesta terça-feira (16) no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), para a missão brasileira de paz no Haiti. São as últimas tropas que seguem para aquele país após 13 anos de atividades. Ao todo serão 850 integrantes embarcando até o mês de junho.
Os soldados, que são de Pirassununga (SP) e Caçapava (SP), devem permanecer ao menos seis meses no local.
Antes do embarque houve uma solenidade na pista e o hino nacional foi executado. Durante o processo de decolagem, os bombeiros prestaram uma homenagem aos soldados.
De acordo com o Exército, desde que teve início a Missão de Paz no Haiti, em 2004, foram cerca de 20 mil militares atuando no país.
Relevância
Segundo general Camilo Pires de Campos, comandante militar do Sudeste, a missão de paz do Brasil no Haiti levou muitos benefícios aos moradores e ganhou reconhecimento mundial.
"Reparamos milhares de quilômetros de estradas e construímos poços. O Brasil deixou uma marca de qualidade no Haiti", declara o comandante.
G1/montedo.com

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Primeiras coronéis do Exército falam sobre maternidade e trajetória na instituição

Ana Lúcia de Oliveira, Beatriz Helena Ferreira e Carla Beatriz de Souza receberam, em Brasília, condecoração inédita da corporação. 

'Abrimos portas', diz primeira militar do Exército a engravidar.
Letícia Carvalho, G1 DF
Há 25 anos, um grupo de 54 mulheres ingressou no primeiro concurso do Exército Brasileiro que abriu portas ao público feminino. Dessas, três se destacaram e, mesmo em um universo predominantemente masculino, conseguiram trilhar um caminho firme na hierarquia militar.
Hoje, de forma inédita, estão no posto de coronel lutando exatamente como mulheres: com garra e dedicação. Durante esse período, elas ainda foram além. Engravidaram e lidaram com todos os percalços de uma gestação dentro dos batalhões. Sobre ser mãe e militar, as três afirmam sem pestanejar: “Somos mais rígidas, ‘duronas’ em casa”.
Ana Lúcia de Oliveira, de 48 anos, Beatriz Helena Ferreira, de 49, e Carla Beatriz de Souza, de 51, chegaram à patente que nenhuma brasileira havia alcançado dentro do Exército. Carla Beatriz também atingiu outra colocação inédita: foi a primeira mulher grávida da história da corporação. Em 30 de abril, as três receberam as condecorações e, na plateia de Brasília, os aplausos mais calorosos foram dos filhos.
“Como mulher, tive algumas obrigações extras. Nós temos um zelo adicional com os nossos filhos. Mas entrei no Exército sabendo que seria um trabalho de dedicação exclusiva. Essa promoção veio como um reconhecimento do nosso empenho e da nossa força”, apontou Carla Beatriz.
“Desde pequeno, meu filho frequentava os quartéis. A família se adapta e o resto a gente conserta na ponte aérea”, completou Ana Lúcia.
Por causa da carreira, os militares costumam ser enviados para diferentes estados. De acordo com Exército Brasileiro, cerca de 10 mil mulheres compõem o quadro da instituição. O número de homens é bem maior – são aproximadamente 210 mil militares.
O Exército começou a aceitar mulheres em 1992, para compor o Quadro Complementar de Oficiais (QCO). Elas se formavam no ensino convencional em áreas como administração, comunicação e saúde, e depois eram integradas à corporação – mas não podiam chegar aos postos mais altos.
Somente neste ano, a instituição abriu processo seletivo para a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx). Pela primeira vez em 76 anos, a academia, que forma aspirantes para a linha bélica, terá uma turma feminina.

Feminismo reservado
Pioneiras, Ana Lúcia, Beatriz Helena e Carla Beatriz viveram situações que, dificilmente, outras mulheres precisarão encarar na carreira. No primeiro ano de ingresso no Exército, elas lembram que encontravam dificuldades para achar banheiros femininos na Escola de Formação Complementar do Exército (EsFCEx), em Salvador – local onde os alunos concluem sua formação.
“A gente precisou se adaptar, mas também abrimos muitas portas”, resumiu Beatriz Helena. Durante a entrevista, as três preferiram não aprofundar o debate sobre as dificuldades enfrentadas na trajetória dentro dos quarteis cheios de testosterona. Por meio de um toque discreto na perna da outra, o assunto foi encerrado e a conversa seguiu conforme a rigidez que o regimento militar impõe.
Antes de exibirem o uniforme e os coturnos, as coronéis ostentavam graduações que traçaram um pouco de suas histórias no Exército. A carioca Ana Lúcia formou-se em estatística. Carla Beatriz, conterrânea de Ana Lúcia, aproveitou a paixão pela língua portuguesa e conseguiu o diploma em letras. E a paixão por cavalos da curitibana Beatriz Helena lhe rendeu o canudo de veterinária.
Ainda que tenham desempenhado funções administrativas no Exército, elas conseguiram exercer dentro da instituição um pouco daquilo que estudaram na faculdade. Nos primeiros anos, Ana Lúcia – a única delas que sempre sonhou em ser militar – trabalhou em um departamento responsável por realizar pesquisas.
Beatriz Helena, durante todo esse tempo de militarismo, cuidou da alimentação da corporação. Segundo ela, em seu curso de veterinária, chegou a ter disciplina sobre o assunto. Carla Beatriz foi professora de português e inglês, especializou-se e virou tradutora e intérprete, o que lhe rendeu o cargo de chefe da seção de intérprete no Haiti por sete meses.
Em 2004, o Brasil recebeu o convite para liderar a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah). À época, o Haiti vivia uma realidade marcada pela violência entre gangues rivais e pelo alto nível de instabilidade política.
Atualmente, todas fazem um trabalho de assessoria, coordenam atividades ou chefiam departamentos. “A nossa mochila vai pesando conforme os anos vão passando”, disse Ana Lúcia.
Durante este ano, outras mulheres que ingressaram ao lado de Ana Lúcia, Beatriz Helena e Carla Beatriz no Exército também vão receber a promoção a coronel da instituição.
Fonte > G1/montedo.com

Trava negociação em torno de aposentadoria de militares


Resultado de imagem para aposentadoria de militares
Edna Simão
O impacto fiscal que a reestruturação dos planos de carreiras dos militares pode trazer para as contas públicas está emperrando as negociações em torno de mudanças nas regras de aposentadoria das Forças Armadas. Segundo técnicos ouvidos pelo Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, a reestruturação da carreira significa "algum impacto fiscal de curto prazo em troca de uma reforma estruturante no longo prazo".
A ideia do governo é finalizar um texto com a contribuição das Forças Armadas para a Reforma da Previdência Social ainda em maio para encaminhá-la à Câmara dos Deputados entre junho e julho. O envio, no entanto, dependerá do ambiente político pois não pode contaminar as discussões para garantir a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, que trata da reforma da Previdência Social.
O problema para retirar do papel o projeto das regras de "aposentadoria" dos militares, ou seja de reserva e reformado, é que, atualmente, não há folga no orçamento para conceder benesses, como a reestruturação das carreiras, que implicam aumento salarial num momento de forte restrição fiscal.
Nos bastidores, uma fonte disse que o impacto da reestruturação do plano de carreira dos militares, seria de bilhões ao longo de quatro anos. Um dos números mencionados é de algo em torno de R$ 30 bilhões. Esse montante pode variar dependendo dos termos da reestruturação das carreiras. O temor de alguns dentro do governo é de que esse custo inviabilize as mudanças.
Outro técnico disse que "esses valores ou quaisquer outros não procedem", pois a proposta ainda não está fechada. "Estamos fazendo as contas", contou. Além disso, ainda não está descartada a possibilidade de se fazer apenas as mudanças na Previdência Social, ou seja, todas as possibilidades estão sendo consideradas. "Garanto que as negociações estão evoluindo para que saia mais uma medida estruturante", ressaltou o técnico. "O mais importante é que os militares sabem de suas responsabilidades em relação aos desafios fiscais que temos no curto e no longo prazos."
Representantes do governo têm reforçado que as Forças Armadas, assim como acontece em vários países, devem ter um regime diferenciado de aposentadoria. A intenção é aproximar, ao máximo, as regras dos militares daquelas que serão exigidas da maior parte da população.
Dentre as propostas em estudo estão o aumento do tempo de serviço do militar de 30 para 35 anos, a idade mínima para passarem para a reserva e a cobrança de uma alíquota de 11% de contribuição para os pensionistas, que hoje são isentos. Também pode haver aumento no percentual descontado dos salários para contribuir com a Previdência.
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, por exemplo, já disse que os militares serão atingidos pela reforma que estabelece idade mínima de aposentadoria de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, mas haverá especificidades inerentes à categoria. No geral, as aposentadoria dos militares seriam limitadas por exemplo, ao teto de aposentadoria do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que atualmente é de R$ 5.531,31, deixando de passar para a reserva com o benefício equivalente ao salário dos militares da ativa.
Quando encaminhou a PEC 287 ao Congresso, em dezembro, o governo Temer foi alvo de inúmeras críticas por deixar de fora os militares, cujo déficit com aposentadorias e pensões é expressivo.No ano passado, o regime de previdência dos militares teve um rombo de R$ 34,069 bilhões, ante R$ 32,506 bilhões de 2015, segundo o Relatório Resumido da Execução Orçamentária, divulgado pelo Tesouro Nacional.
Se considerado o regime dos servidores civis, o resultado negativo foi de 43,082 bilhões em 2016, ante R$ 40,007 bilhões de 2015. Consolidando os dados, o Regime Próprio de Previdência dos Servidores Públicos federais, incluindo militares, fechou o ano de 2016 com um déficit de R$ 77,151 bilhões, o que representa um aumento de 6,4% ante 2015 (R$ 72,514 bilhões).
Fonte > Valor ECONOMICO/montedo.com

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Bolsonaro: "A carreira militar tem tanto privilégio que nenhum deputado tem filho militar"

Não é a imprensa ou o STF que vai falar o limite pra mim, diz Bolsonaro

THAIS BILENKY
ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA
O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), 61, promete nomear militares para metade de seu ministério se eleito presidente. Ele atribui seu desempenho –tem 9% das intenções de voto no Datafolha à defesa da violência como meio para combater a violência.
Bolsonaro conversou com a Folha em seu gabinete na Câmara na terça (7) e por telefone na sexta (10). Disse que nem imprensa nem Supremo "vão me falar o que é limite".
Ele determinou que um assessor filmasse a entrevista para evitar "deturpações".

*
Folha - Sua candidatura nem sempre é levada a sério. Qual sua expectativa para 2018?
Jair Bolsonaro - Quando vou para qualquer capital de Estado, tem no mínimo mil pessoas me esperando. Tenho bandeiras que um presidente pode levar avante e o povo está gostando.
Quem sou eu na política perto de Serra, Aécio, Alckmin, Marina, Ciro? Ninguém. Sou um deputado que vocês chamam de baixo clero. Só que não sou uma coisa antes das eleições e outra depois.

Quais setores o apoiam?
Tenho simpatia enorme das Forças Armadas e auxiliares, do público evangélico.

Parte da comunidade judaica o apoia e parte diz que suas ideias fomentam neonazismo.
Só na cabeça de vocês. Onde tem uma frase minha, um gesto meu, um "heil, Hitler"?

O senhor diz que não defende tortura, mas acusa de vitimização quem a condena.
Quando disse "isso que dá torturar e não matar", foi uma resposta para os vagabundos aqui que estavam se vitimizando que foram torturados pelos militares. Ninguém é favorável à tortura.

E a métodos de violência para obter informação?
Tem de ter métodos enérgicos. Eu proponho, o Congresso aprova. Ninguém é candidato para ser ditador.

O que é método enérgico?
Tratar o elemento com a devida energia.

Bater?
Qual o limite entre bater e tratar com energia? Não tem limite, pô. O cara senta ali, faz a pergunta, ele responde. Se não responde, bota na solitária. Fica uma semana, duas semanas, três meses, quatro meses... Problema dele.

Com comida?
Dá comidinha para ele, dá. Dá um negocinho para ele tomar lá, um pãozinho, uma água gelada, um brochante na Coca-Cola, tá tranquilo.

O que é brochante?
Calmante, um "boa-noite, Cinderela".

Acha construtivo adotar um discurso violento?
Você não combate violência com amor, combate com porrada, pô. Se bandido tem pistola, [a gente] tem que ter fuzil.

O sr. não teme ser punido?
Por que seria? Eu tenho imunidade para quê? Sou civil e penalmente inimputável por qualquer palavra. Posso falar o que bem entender, isso é democracia. Já dei soco em alguém, dei tiro, dei coice?

Mas é réu por incitação ao crime de estupro e injúria.
Não vou discutir. Não é a imprensa nem o Supremo que vão falar o que é limite pra mim. Vão catar coquinho, não vou arredar em nada, não me arrependo de nada que falei.

O senhor é a favor que militares assumam postos como, por exemplo, no Congresso?
Pelo voto, pode assumir qualquer coisa. E tenho certeza que a gente vai botar muito militar aqui dentro em 2018.

O senhor já disse ser favorável a fechar o Congresso. Mudou?
Eu demonstrei uma indignação popular. Se você perguntar para o povo, ele diz que tem de fechar o Congresso e tocar fogo. Eu não vou pregar fechar o Congresso nunca. Mas vocês têm que ajudar a mudar isso aí [a qualidade do Legislativo].

O sr. disse que fuzilaria FHC.
Falei pela forma como ele privatizou a Vale do Rio Doce. Lembrei-me do pai dele, quando passamos do Império para a República, quando perguntaram [o que ocorreria] se a família real não fosse embora, ele falou "fuzila a família real". [O avô de FHC teria dito isso.]

Está valendo?
Não. São metáforas, formas de expressão.

O sr. o admira?
Ele [FHC] está para ganhar o título de princesa Isabel da maconha, porque quer liberar as drogas no Brasil.

E Lula?
Pelo amor de Deus, não vou nem responder [risos].

Como avalia o governo Temer na economia?
A âncora da inflação é a perda de poder aquisitivo, não tem mérito do governo. A legislação trabalhista é completamente madrasta para quem quer empregar. Segundo os empresários, não segundo Bolsonaro, o trabalhador vai ter de decidir: menos direitos e emprego ou todos os direitos e desemprego.

Por que é contra a reforma da Previdência?
Completamente contra. É um remendo de aço numa calça podre. Está muito forte a proposta dele.

É a favor da exclusão dos militares da reforma?
A carreira militar tem tanto privilégio que nenhum deputado tem filho militar.

O senhor tem três filhos no Legislativo.
Não tem nada a ver. Eles viram que o pai sofreu, trabalhava 80 horas por semana [no Exército], com salário lá embaixo. Não queriam essa vida.

E vida de deputado é boa?
É o céu e o inferno. Se bem que vai virar inferno na semana que vem, quando o nome do pessoal vem à tona [na lista de pedidos de inquéritos do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com base em delações da Lava Jato].

Nas Forças Armadas, não teria de ter reforma previdenciária?
Se nos colocarem os mesmos direitos trabalhistas, vão ver as Forças Armadas em greve, é isso que vocês querem? Não estou pedindo hora extra, só reconhecimento. Na hora da dor de barriga, lembram-se da gente. É Olimpíada, Copa, o problema no Espírito Santo.

E na política, como vê o governo Temer?
Está fazendo tudo para se manter vivo, só isso. Não vou ajudar a desestabilizar, mas não votar tudo o que ele quer. Meu voto não é comprado.

O que acha de Temer ter auxiliares envolvidos na Lava Jato ?
Se eu chegar lá um dia, vou botar militares em metade dos ministérios, gente igual a mim. Ele está botando gente igual a ele. Quer que eu continue? Acho que não precisa.

Na outra metade do ministério, colocaria mulheres, gays?
Eu não vou perguntar, não vou ter cota de lésbica.

Se for uma pessoa publicamente gay?
Se ela for competente, vai ocupar a função, se eu convidar e se ela topar, né... Agora, você não pode fazer da sua opção sexual carteira de trabalho. Você vê a Eleonora Menicucci. Declarou que faz sexo com homens e mulheres e seu grande orgulho é a filha gay. A Dilma a escolheu para secretária de Política para as Mulheres. Você acha que ela representa a minha mãe, dona Olinda, de 89 anos?

Se tivesse alguém que falasse isso que achasse competente, o senhor nomearia?
Não, não, não. Vocês estão desgastando os valores familiares. Daqui a pouco vai virar uma anarquia esse Brasil aí.

E isso não é homofobia?
Se eu sou deputado e te canto agora, você vai se sentir bem? Não, né? Então, o trabalho nosso não tem nada a ver com opção sexual. Você começa a falar por aí "eu sou lésbica" para ver se uma mulher aí simpatiza contigo...

O sr. foi acusado de homofobia e racismo várias vezes.
Sou acusado de tudo, só não de corrupto. Viu algum deputado devolver dinheiro que recebeu de empresário para campanha? Só eu.

O sr. tem um braço direito?
Tenho amigos. Ontem [segunda] almocei com gente do sistema financeiro. Não vou falar quem. Já tive reuniões com variados setores que mexem com bilhões em SP.
O empresariado não quer mais curtir férias na Flórida. Quer ficar no Brasil. Como podemos ajudar a resolver a violência? Não vai ser com política de direitos humanos.

Uma das medidas que o senhor defende é o armamento.
Foram fazer um escracho na minha casa e ameaçaram entrar. Eu falei: "Se entrarem, não sairão". Agora o Ministério Público quer saber o que é "não sairão". É atirar neles. Não, "não sairão" é dar cafezinho, água gelada.
Tenho três armas e muito cartucho. Ia embalar e dar balinha para chupar. Entra na minha casa, estupra minha mulher, fode a minha filha, e eu tenho que bater palmas para liberdade de expressão?
Por isso que essa porra desse país está nessa merda aí. E por isso que o pessoal gosta de mim. Eu não estou maluco! E vocês, né, de esquerda, jornalista de esquerda está cheio, né? Vocês estão cavando a própria sepultura.

Fonte > FOLHA/montedo.com

Militares "servirão sempre de exemplo", diz Michel Temer

Em evento no Exército, Temer volta a pedir pacificação entre os brasileiros

Presidente disse que os militares representam a busca pela paz
O presidente Michel Temer voltou a pedir nesta quinta-feira que haja paz entre os brasileiros e repetiu, como disse em evento na véspera, que o clima no País é de "certa raivosidade". "Nós vivemos um momento, nos últimos tempos, de uma certa animosidade entre os brasileiros, o que é inteiramente condenável", disse durante cerimônia de imposição da "Medalha Militar de Platina", em Brasília, conforme áudio divulgado no final da manhã pela assessoria de imprensa do Planalto.
"Eu não me canso de repetir esse fato, porque me parece importante que, sendo eu presidente da República, eu possa fazer alguma pregação. E a pregação que tenho feito ao longo do tempo é exata e precisamente a pacificação entre os brasileiros, para eliminar o que eu disse ontem, com um certo ideologismo, uma certa raivosidade existente entre setores da sociedade brasileira", completou.
Ao exaltar o papel das Forças Armadas, Temer disse que, apesar de os militares estarem preparados para a guerra, eles representam a busca da paz. "Quero também registrar que as Forças Armadas exercem um papel extraordinário, estão preparadas para a guerra, mas elas representam, quando (a guerra) não vem, esperamos que nunca venha, elas representam o sintoma da paz, são a garantia da paz, porque elas se baseiam na ideia de disciplina, hierarquia e respeito absoluto da nossa história", afirmou.
No evento, Temer assinou o decreto de Criação do Comitê para Revitalização do Parque Nacional dos Guararapes (PE), que integrará os ministérios da Defesa, Cultura, o Exército e Iphan, com a finalidade de discutir e propor instrumentos para a revitalização do parque. "Neste momento acho importantíssimo resgatar os momentos históricos", disse Temer, destacando que daqui a 50 anos ele e os generais Villas Boas e Marco Antônio de Farias, que foram homenageados com medalhas, farão parte da história.
Temer disse ainda que uma tarefa "dificílima" caiu nas mãos do governo e citou o auxílio das Forças Armadas no auxílio da segurança pública dos Estados. "Não são momentos fáceis, nem administrativa nem politicamente", disse. Segundo Temer, ao pedir ajudar ao ministro da defesa, Raul Jungmann, e às Forças Armadas para a segurança pública, ele teve o apoio necessário.
"Quando solicitei o apoio para essa atividade relativa à segurança pública dos Estados, e estava ultrapassando as fronteiras territoriais e jurídicas do conceito de autonomia estadual, não houve um titubeio se quer", afirmou. "Imediatamente se disse: 'conte conosco para aquilo que for necessário'. E contamos. Vejam o que as Forças Armadas têm feito ao longo do tempo, nesses últimos tempos exatamente em relação à segurança pública", disse Temer.
O presidente afirmou ainda que a população está aplaudindo a atuação das Forças Armadas nos Estados e que os militares "servirão sempre de exemplo". "Para revelar que o País precisa de paz e tranquilidade", declarou. "Quando se traz, quando nós pedimos, quando enviamos as Forças Armadas para certos Estados, eles são recebidos com aplausos. E olha que aplausos para homens da vida pública não está nada fácil", completou.

Fonte > CORREIO do POVO/montedo.com

segunda-feira, 8 de maio de 2017

8 de Maio – Dia da Vitória!

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, pessoas em pé e texto
Para nós, brasileiros, o Dia da Vitória, que é lembrado por uma minoria vergonhosa da população, com notas de 30 segundos em jornais, serve para não esquecermos que um dia cerca de 25.000 homens enfrentaram toda sorte de dificuldades, como o adestramento diminuto, armamentos precários, a falta de experiência em oposição a um inimigo calejado de batalhas, um terreno adverso e severas condições climáticas.
Esses homens lutaram contra a intolerância, contra a opressão, contra o totalitarismo escravista e a discriminação racial.
Devemos a esses homens, a vitória da liberdade, da democracia e da paz, conquistada e embebida em sangue de bravos brasileiros, que defenderam nossa honra e soberania com sua coragem, seus valores e seu patriotismo.
Se você conhece um veterano combatente, olhe-o nos olhos e diga-lhe “muito obrigado”. Ele certamente saberá do que você está falando.

Fonte > AO MÉRITO/montedo.com

Proposta para Forças Armadas depende da aprovação da reforma

Edna Simão
O governo deve encaminhar ao Congresso Nacional a proposta de mudanças nas regras de "aposentadoria" dos militares entre junho e julho. A expectativa é de que o texto seja finalizado até o fim do mês. Porém, o entendimento, até o momento, é de que é preciso aguardar a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, que trata da Reforma da Previdência Social, pelo menos na Câmara dos Deputados para que enviar as mudanças para os militares.
A tramitação das duas matérias poderia contaminar ainda mais o ambiente político, atrapalhando a aprovação da reforma da Previdência, considerada prioritária para sustentabilidade das contas públicas no médio e longo prazos pela equipe econômica.

Como tem dito os representantes do governo, as Forças Armadas, assim como acontece em vários países, devem ter um regime diferenciado de aposentadoria. A intenção, no entanto, é aproximar, ao máximo, as regras dos militares daquelas que serão exigidas da maior parte da população. As regras dos militares ainda poderão provocar mudanças futuras na aposentadoria especial dos policiais, que caso aprovado pelo Congresso, terão uma idade mínima de aposentadoria de 55 anos.

Os ministérios da Fazenda e Defesa já realizaram cinco reuniões para debater a proposta dos militares, mas não há um texto fechado. Em estudo estão o aumento do tempo de serviço do militar de 30 para 35 anos, a idade mínima para passarem para a reserva e a cobrança de uma alíquota de 11% de contribuição para os pensionistas, que hoje são isentos. Pode haver ainda aumento no percentual descontado dos salários para contribuir com a previdência.
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, tem ressaltado que os militares serão atingidos pela reforma que estabelece o novo regime geral com idade mínima de aposentadoria de 65 anos, mas haverá especificidades inerentes à categoria.

No geral, os militares teriam que obedecer, por exemplo, o teto do novo regime de previdência, ou seja, o valor máximo de aposentadoria do INSS, que atualmente é de R$ 5.531,31, deixando de passar para a reserva com o benefício equivalente ao salário dos militares da ativa. "Há particularidades que nos militares têm que ser consideradas", disse recentemente Padilha ao Valor ao ser questionado sobre se a idade mínima de aposentadoria dos militares poderia ser de 65 anos.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, tem defendido um regime diferenciado de aposentadoria. O argumento normalmente utilizado é que, ao contrário de outros trabalhadores, eles não podem se sindicalizar e greve, não têm Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e, mesmo quando entram na reserva, podem ser convocados para trabalhar.
Quando encaminhou a PEC 287 foi encaminhada ao Congresso, em dezembro, o governo Temer foi alvo de inúmeras críticas por deixar de fora os militares, cujo déficit com aposentadorias e pensões é expressivo. O rombo da previdência dos servidores públicos federais, inclusive militares, somou R$ 77,1 bilhões no ano passado - sendo R$ 34 bilhões apenas dos militares. As Forças Armadas, porém, só consideram como déficit a despesa com pensões, em torno de R$ 13 bilhões.

Fonte > Valor Econômico, via DefesaNet/montedo.com

domingo, 7 de maio de 2017

Exército dos EUA participará de exercício militar inédito na Amazônia a convite do Brasil

Exército brasileiro convidam EUA para participarem de um exercício militar na tríplice fronteira amazônica, entre Brasil, Peru e Colômbia

Exército brasileiro convidam EUA para participarem de um exercício militar na tríplice fronteira amazônica, entre Brasil, Peru e Colômbia (EB)
Ricardo Senra
Da BBC Brasil em Washington
Tropas americanas foram convidadas pelo Exército brasileiro a participar de um exercício militar na tríplice fronteira amazônica entre Brasil, Peru e Colômbia em novembro deste ano.
Segundo o Exército, a Operação América Unida terá dez dias de simulações militares comandadas a partir de base multinacional formada por tropas dos três países da fronteira e dos Estados Unidos.
Descrita pelas Forças Armadas como uma experiência inédita no Brasil, a base internacional temporária abrigará itens de logística como munição, aparato de disparos e transporte e equipamentos de comunicação, além das tropas. O Exército afirma que também convidou "observadores militares de outras nações amigas e diversas agências e órgãos governamentais".
Por que o Brasil gasta mais de R$ 420 mi por ano com Superior Tribunal Militar em tempos de paz
A fotógrafa americana que registrou o momento de sua própria morte em explosão no Afeganistão
A operação é parte do AmazonLog, exercício militar criado pelo Exército brasileiro a partir de um atividade feita em 2015 pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na Hungria, da qual o Brasil participou como observador.
À BBC Brasil o Exército brasileiro negou que a atividade sirva como embrião para uma possível base multinacional na Amazônia, como aconteceu após o exercício da Otan citado como base para a atividade.
"Não. Ao contrário da Otan, a qual é uma aliança militar, o trabalho brasileiro com as Forças Armadas dos países amigos se dá na base da cooperação", responderam porta-vozes do Exército.
"Com uma atividade como essa, busca-se desenvolver conhecimentos, compartilhar experiências e desenvolver confiança mútua", afirmou a corporação.
Apesar do ineditismo do comando multinacional na região amazônica, esse não é o primeiro exercício mútuo entre as Forças Armadas de Brasil e EUA no país. No ano passado, por exemplo, as Marinhas das duas nações fizeram uma atividade preparatória para a Olimpíada no Rio de Janeiro, envolvendo treinamentos com foco antiterrorismo.
Em 2015, um porta-aviões americano passou pela costa do Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro para treinamento da Força Aérea Brasileira (FAB).
Entre as metas da operação prevista para novembro, segundo o Exército brasileiro, estão o aumento da "capacidade de pronta resposta multinacional, sobretudo nos campos da logística humanitária e apoio ao enfrentamento de ilícitos transnacionais".

'Reaproximação'
A operação vem no esteio de uma série de novos acordos militares pelas Forças Armadas de Brasil e Estados Unidos e visitas de autoridades americanas a instalações brasileiras com o objetivo de "reaproximar" e "estreitar" as relações militares entre os dois países.
Em março, o comandante do Exército Sul dos Estados Unidos, major-general Clarence K. K. Chinn, foi condecorado em Brasília com a medalha da Ordem do Mérito Militar. O comandante americano visitou as instalações do Comando Militar da Amazônia, onde a atividade conjunta será realizada em novembro.
De acordo com a Defesa dos Estados Unidos, o Exército Sul é responsável por realizar operações multinacionais com 31 países nas Américas do Sul e Central.
Soldados marchando na lama
Exercício em conjunto com EUA está previsto para novembro deste ano (AFP)
Um dia antes de o Exército americano inaugurar um centro de tecnologia em São Paulo para "desenvolver parcerias com o Brasil em projetos de pesquisa com foco em inovação", em 24 de março, o Ministério da Defesa do Brasil e o Departamento de Defesa dos EUA assinaram o Convênio para Intercâmbio de Informações em Pesquisa e Desenvolvimento, ou MIEA (Master Information Exchange Agreement), na sigla em inglês.
Na ocasião, o secretário Flávio Basilio, da Secretaria de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa (Seprod) afirmou que o documento funciona como "base para se estabelecer qualquer tipo de cooperação bilateral com os Estados Unidos".
Acordos de intercâmbio como esse não precisam de aprovação do Congresso Nacional. "É mais um passo no sentido de nos reaproximar dos americanos, possibilitando parcerias importantes na área tecnológica que representarão um incentivo importante para a nossa Base Industrial de Defesa e para o País como um todo", disse o secretário.
Em 3 de abril, o Ministério da Defesa anunciou em evento na embaixada americana que o Brasil e os Estados Unidos desenvolverão "um projeto de defesa" em conjunto.
O ministério não respondeu aos pedidos de entrevista da BBC Brasil para comentar os acordos fechados com os Estados Unidos e os detalhes sobre o projeto bilateral.
Já a embaixada dos Estados Unidos em Brasília disse que o país "está satisfeito de ter sido convidado junto a outras nações parceiras regionais para participar" do exercício na Amazônia e que "busca expandir e aprofundar parcerias de defesa com o Brasil".
"Durante o último ano, nós finalizamos uma série de compromissos-chave relacionados a Defesa (entre EUA e Brasil)", afirmaram porta-vozes da embaixada americana. "Olhando para o futuro, outros acordos estão em discussão, incluindo suporte logístico, testagem e avaliação em ciência e tecnologia e trocas científicas."
Em outubro, haverá um novo encontro sobre a indústria de Defesa dos dois países, em Washington. O Exército brasileiro também trabalha para organizar a ida de um batalhão de infantaria do Brasil para treinamento uma brigada do Exército americano em Fort Polk, na Lousiana, no segundo semestre de 2020.
Militar com arma em punho
Será a primeira vez que Brasil vai montar uma base logística internacional, diz Exército (EB)
Tríplice fronteira
A base da atividade será a cidade de Tabatinga (AM), que faz fronteira com Letícia (Colômbia) e Santa Rosa (Peru).
A BBC Brasil visitou a região no início desse ano - na ocasião, militares e policiais federais disseram que não são capazes de evitar a realização de atividades ilícitas como tráfico de armas e drogas pelos imensos rios da região.
Mas apesar de citar crimes transfronteiriços nos documentos do Amazonlog, o Exército afirmou que o foco da atividade é de preparação para situações humanitárias.
Questionada pela reportagem sobre como as Forças Armadas dos EUA poderiam apoiar o Brasil em áreas como violência e tráfico de drogas, armas e pessoas, a embaixada americana afirmou que "o Brasil é um parceiro confiável e respeitável", que as forças armadas dos dois países "têm áreas de conhecimento e experiência que compartilham rotineiramente umas com as outras" e que "a maioria das atividades bilaterais de cooperação em defesa entre nossas forças armadas são trocas entre especialistas".
"É um exercício inédito no âmbito da América do Sul. É a primeira vez que vamos montar uma base logística internacional", diz o general Theofilo Gaspar de Oliveira, responsável pelo Comando Logístico da Força, em Brasília, e um dos organizadores do AmazonLog.
"Um dos objetivos é fazer uma fiscalização maior na região e criar uma doutrina de emprego para combater os crimes transfronteiriços, que afetam aquela região na famosa guerra de fronteira que hoje alimenta a nossa guerra urbana existente nos grandes centros", afirma o general, em vídeo promocional do evento.
A aproximação das forças armadas do Brasil e dos EUA já rendeu uma medalha da Ordem do Mérito Militar ao major-general americano Clarence K. K. Chinn em março
Encontro de militares brasileiros e norte-americanos
A aproximação das forças armadas do Brasil e dos EUA já rendeu uma medalha da Ordem do Mérito Militar ao major-general americano Clarence K. K. Chinn em março (EB)
Análise
Para o cientista político João Roberto Martins Filho, professor da Universidade Federal de São Carlos e ex-presidente da Associação Brasileira de Estudos de Defesa, "a aproximação do Exército brasileiro ao dos Estados Unidos sinalizaria uma mudança de postura entre os dois países, que agora têm novos presidentes".
"Esta maior aproximação seria uma ruptura do que vem acontecendo desde 1989, que é um afastamento dos EUA pelo Exército do Brasil", diz Martins Filho.
"No fim da Guerra Fria, o Brasil se deparou com um país (EUA) que era aliado estratégico e que de repente começou a agir de forma totalmente independente, como superpotência única. Isso provocou uma reação de hiperdefesa da Amazônia e de afastamento."
Ele cita o acordo para a construção de submarinos com a França em 2011 e a compra de caças suecos em 2013 como exemplos desse afastamento e diz que, por ora, os anúncios entre as Forças Armadas brasileiras e americanas não devem ser "superestimados".
"Do discurso para a prática há sempre um intervalo", diz.
Para especialistas, a aproximação dos EUA pode ser motivada por interesses econômicos
Fundador e líder do Grupo de Estudos de Defesa e Segurança Internacional da Unesp e coordenador de Segurança Internacional, Defesa e Estratégia da Associação Brasileira de Relações Internacionais, o filósofo Héctor Luis Saint Pierre "diverge gentilmente" do colega.
Saint Pierre cita a atenção dos Estados Unidos sobre a situação política na Venezuela - Donald Trump citou o país em conversas com Michel Temer e com os presidentes da Argentina, Peru e Colômbia.
"Há um respeito na América do Sul pela escola militar brasileira. Então, o Brasil é um parceiro estratégico para a formação doutrinária dos militares do continente. Se os EUA têm a simpatia do Exército do Brasil, é mais fácil espalhar sua mensagem entre os militares sul-americanos", diz.
"Uma alternativa a ser pensada seria uma intenção dos EUA de quebrar a expectativa de uma parceria sul-americana neste momento político", diz. "A Venezuela é uma problema quase de honra para os Estados Unidos."
O especialista também cita o crescimento da China como produtor de equipamentos militares e armamento.
"Há uma grave preocupação nos EUA com o incremento do comércio da China com a América Latina também em termos de armamento. Os EUA gastaram US$ 650 bilhões com Defesa - a China gastou menos de 10% disso, mas ainda assim já esta produzindo porta-aviões com bom nível tecnológico. Se os Estados Unidos conseguem se aproximar o Brasil para sua zona de influência, eles estancam este prejuízo", afirma.
Para o professor, a aproximação americana também poderia ser motivada por interesses econômicos.
"Tenho notado oficiais defendendo a tese de que não precisamos de autonomia tecnológica nas Forças Armadas se podemos contar com parcerias com países como os Estados Unidos. Normalmente se imagina que um oficial militar, do país que for, seja um nacionalista. Mas essa é uma perspectiva liberal nas Forças Armadas que vem ganhando força."
O professor explica: "Hoje a questão estratégica está subordinada ao negócio. A indústria do armamento é a que mais floresce no mundo. Não é preciso uma guerra: a ameaça de guerra já é suficiente para mover este tipo de negócio. Muitas atividades militares, inclusive, são muito mais guiadas pelos negócios militares do que por uma lógica política", afirma.
BBC Brasil/montedo.com

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Remuneração dos militares: dois generais, cinco demandas e um caminhão de água fria

De general para general

Em correspondência dirigida ao general Mourão, responsável pelas finanças do Exército, o general Silva e Luna, secretário-geral da Defesa, tratou de jogar – não um balde! – mas um caminhão pipa de água fria sobre as expectativas dos militares em relação a um punhado de demandas relacionadas com a remuneração dos fardados. As informações servirão de subsídio para a primeira reunião da Comissão Permanente de Remuneração do Exército (CPREx), presidida pelo general Mourão.
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Diferença dos 28, 86%
Após seis anos na gaveta do Planejamento, uma exposição de motivos foi devolvida ao MD em setembro de 2015, com sugestões e um aviso: não há previsão orçamentária! Em nova discussão em julho de 2016, o aviso se repetiu: não há previsão orçamentária! E para 2017? Não há previsão orçamentária! 2018? ...esqueça! Em 2014, o valor total era de R$ 7,5 bilhões.

Reajuste de diárias
Por ter impacto em toda a administração pública e considerando as restrições orçamentárias, o assunto não avançou, mas será objeto de novas interlocuções, sine die.

Reajuste da tabela de transporte de bagagem
Fica para depois. A negociação com o Planejamento foi suspensa, para não atrapalhar asa tratativas sobre as restruturação da remuneração dos militares.

Conversão em pecúnia da Licença Especial não gozada e não computada em dobro para a inatividade
O MD aguarda a manifestação do Exército e da Aeronáutica.

Nova política de remuneração para as Forças Armadas
A exposição de motivos faz aniversário mês que vem. Foi enviada a Casa Civil e devolvida ao MD, que promete retomar o assunto e reapresentar a matéria em breve.

Fonte > Montedo

Até fim de maio, podemos apresentar reforma para militares, diz Temer


O presidente Michel Temer (PMDB) afirmou na noite desta quinta-feira (4) em entrevista à RedeTV! que o governo enviará até o final de maio, "provavelmente", uma proposta de reforma da Previdência para os militares. A definição foi feita em reunião com o ministro da Defesa, Raul Jungmann, na terça-feira (2), afirmou.
Na entrevista gravada na terça, antes da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara, e veiculada na noite desta quinta-feira, o presidente afirmou que fará o possível para aprovar a proposta que está na Casa, mas que estará obediente às decisões da Câmara e do Senado. Ele disse ainda que o governo colocou "um pouco de açúcar" no texto ao fazer ajustes, mas que o remédio precisaria ser amargo e sem açúcar.
"Remédio amargo é aquele que cura, para o fígado, o estômago. Chá de boldo, e não botar açúcar. Até estamos dando um pouco de açúcar", disse o peemedebista, ao falar da proposta.
Para que o texto seja aprovado, o presidente afirmou que o Planalto vai intensificar o trabalho de falar ao povo "a verdade" sobre a reforma e assim convencer os deputados até aprovarem o texto. "Se o povo fica convencido, facilita o voto do deputado. É um trabalho que vamos fazer a partir de agora", disse. O presidente evitou falar quantos votos o governo tem dos 308 necessários para aprovar o texto no plenário da Câmara, mas destacou que "até hoje, não perdemos uma votação."
Ele disse que as pessoas se negam a acreditar que a reforma do governo "está muito adequada". E ainda apontou que quem está fazendo campanhas contra a proposta é quem ganha mais. "Se não for feita, uma reforma da Previdência será inevitável em quatro ou cindo anos", afirmou.
Ele destacou as concessões feitas, como para trabalhadores rurais e mulheres - estas tiveram a idade mínima reduzida de 65 para 62 anos. "Foram ajustamentos que não são levados a conhecimento público, as pessoas se negam a achar que, enfim, a reforma está muito adequada", declarou Temer.
O presidente disse ainda que levantamentos feitos entre deputados e a sociedade sobre a reforma da Previdência não estão acompanhados da pergunta correta. "Se você me perguntar: você é a favor ou contra a reforma da Previdência? Eu vou dizer: Sou contra", disse Temer, para quem a pergunta deveria ser no sentido de mostrar o resultado de uma eventual frustração na reformulação da Previdência. "Se for feita amanhã e não houver nada, não vai ter 10% de investimento [no orçamento]. Se vier depois de amanhã, não vai ter como pagar aposentadorias e salários", disse Temer. O presidente falou ainda que há uma imagem que ele veio para destruir a Previdência.
Comentando a oposição de alguns membros da Igreja Católica contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Previdência, Temer disse que as informações não chegaram aos bispos corretamente. Ele disse que já acertou com a Confederação Nacional dos Bispos Brasileiros (CNBB) a elaboração de um documento esclarecendo a reforma para ser enviado aos bispos e ao Papa Francisco.

Fonte > O tempo/montedo.com

quinta-feira, 4 de maio de 2017

General Heleno: "Será que os doutos ministros do STF avaliam o mal que têm causado ao País?"


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General critica STF

Eliane Cantanhêde
Ex-comandante na Amazônia e das tropas brasileiras no Haiti, o general da reserva Augusto Heleno, uma das vozes mais respeitadas no meio militar, divulgou texto ácido contra a soltura de presos condenados pela Lava Jato. “Será que os doutos ministros do STF avaliam o mal que têm causado ao País”, provocou.
Segue a íntegra:

“Será que os doutos Ministros do STF avaliam o mal que têm causado ao país? Ou o Olimpo em que vivem os afasta totalmente da consciência nacional? Façam uma pesquisa para avaliar o que a população honesta pensa, hoje, da instituição em que militam. Vossas Exªs votam calcados em saber jurídico? Não parece. Para a imensa maioria, fingem fazê-lo. Em votos prolixos e tardios, dão vazão a imensuráveis vaidades, a desavenças pessoais e a discutíveis convicções ideológicas. Hoje, transmitem à Nação , alarmada pela criminalidade e corrupção que se alastram, uma lamentável insegurança jurídica e uma frustrante certeza da impunidade. Passam a sensação de que o Brasil, com esse Tribunal, não tem nenhuma chance de sair do buraco; e colocam em sério risco nossa combalida e vilipendiada “democracia”. Sabemos que são professores de Deus e lhes pedimos,apenas, que desçam do pedestal e coloquem o Brasil acima de tudo.”
Gen Ref Augusto Heleno Pereira
Fonte > ESTADÃO/montedo.com