domingo, 12 de fevereiro de 2012

Dilma manda Amorim 'apertar o cinto' dos milicos.


Nota do editor: montedo
Gente, não gostaria de estragar o domingo de ninguém, mas esta nota do Marco Aurélio Reis n'O Dia é um rosário de más notícias. Que coisa séria!

Apagão médico ronda hospitais militares

MARCO AURELIO REIS
Um apagão médico ronda os hospitais militares enquanto a novela do reajuste dos soldos das Forças Armadas se arrasta na área civil do governo. Em hospitais de centros urbanos, entre eles o Rio, especialidades como pediatria são as que mais sofrem com pedidos de baixa antecipada de oficiais de carreira e temporários. Tais profissionais são assediados por clínicas particulares, que oferecem remuneração superior por jornada menor de trabalho. Para fazer isso, nem precisam aumentar seus gastos. Um segundo-tenente médico recebe, em média, R$ 5.641 brutos, R$ 100 a menos que um segundo sargento da Polícia Militar do Distrito Federal e R$ 8 mil menos que um perito médico da Polícia Federal. A falta de profissionais da área faz unidades importantes, como quartéis de formação, terem de pedir médico emprestado para não fechar o ambulatório.

COMANDO COMPLICADO
Para os comandantes de unidades de saúde não é apenas o soldo que tira o sono. A gestão complexa sob ameaça de processo futuro do Tribunal de Contas atormenta.

TESOURA NA DEFESA
Ontem o ministro da Defesa, Celso Amorim, teve novo encontro com a presidenta Dilma. Na pauta, a necessidade de promover cortes no Orçamento da pasta. Vem aí novo aperto de cinto.

MEIO EXPEDIENTE
A Defesa tende a concentrar na área de custeio a tesourada ordenada pelo Planalto. Primeira medida será o aumento dos dias com meio expediente nos quartéis.








PARA PIORAR
Com isso o esperado reajuste dos soldos corre risco de novo adiamento. Para piorar, está para sair resolução que permitirá desconto de pequenos valores cada vez que o militar usar assistência médica da Força.
O Dia Online/montedo.com




Forças Armadas estão sucateadas

FOLHA ONLINE  
Levantamento reservado com uma detalhada radiografia das Forças Armadas brasileiras mostra o sucateamento do equipamento militar do país, informa reportagem da Folha de São Paulo. 
O documento explicita também as conhecidas distorções na distribuição de tropas no território nacional, confrontando o discurso oficial de que a Amazônia é uma prioridade.
O estudo ao qual a Folha teve acesso é produzido pelo Ministério da Defesa e atualizado todo mês. Ele mostra que metade dos principais armamentos do país, como blindados, aviões e navios, está indisponível para uso.
O documento traz um inventário dos chamados meios de cada Força, ou seja, os principais equipamentos para uso em guerra.
O resultado dá argumentos aos defensores do reequipamento militar, um processo caro, demorado e que costuma esbarrar em obstáculos como pressões políticas.
Editoria de Arte/Folhapress

Comentário

Márcio A. Silva 28/11/2011 13h 34m
A situação dos militares brasileiros chegou ao fundo do poço. Trabalhei no setor de pagamento de pessoal de uma OM por 5 anos (2004 a 2009) e pela função, tinha acesso aos contracheques de todos os militares do quartel. A situação era revoltante: mais de 90% dos militares tinham empréstimos consignados, e a maior parte não era para a compra de casa, carro ou outro bem de maior valor, e sim para saldar dívidas corriqueiras, como cartão de crédito, escolas, etc. Acabavam entrando numa bola de neve, pois com o salário líquido do mês diminuído pelo empréstimo, faziam novas dívidas e assim eram obrigados a fazer mais empréstimos, e o ciclo nunca terminava. De lá para cá a situação não mudou, ou melhor, está sim mudando, só que para a pior. Depois, o governo ainda está pleiteando uma vaga no conselho de segurança permanente da ONU. Parece piada! Dá para entender boa parte da resistência dos membros (EUA, França, Reino Unido, China e Rússia) quanto a isso, pois imaginem só ter ao seu lado um membro fraco, incapaz de se mobilizar e combater como eles? A missão do Haiti é mera ilusão, pois trata-se de um país fragilizado e totalmente desorganizado militarmente. Se a missão fosse no Irã, por exemplo, tenho pena do que já teria acontecido às nossas tropas. Hoje, cada vez mais militares de carreira ( e eu me incluo) estão se mobilizando para deixar as FFAA, seja via concurso para outras áreas, seja via setor privado, pois quase todas as outras profissões, sobretudo do setor público, exigem menos tempo de formação, menos tempo de dedicação ao serviço e remuneração imensamente melhor. A quantidade de jovens que se interessam pelas nossas escolas de formação diminui a cada ano e eu os aconselho a procurar mesmo outras profissões, pois não basta vocação, se você não tem uma retribuição digna pelo seu serviço. Nenhuma vocação resiste quando você vê sua família passando por dificuldades. Com equipamentos sucateados, salários ridículos, e péssimas condições de trabalho, nossas 3 forças estão hoje totalmente incapazes de reagir a qualquer ameaça estrangeira mais séria. É impressionante a irresponsabilidade desses últimos governos, pois com o Brasil tendo hoje uma das maiores economias do mundo, novas riquezas sendo descobertas (como o pré-sal), etc, como eles que estão no poder podem deixar tudo isso desprotegido? Quando o governo resolver acordar, deixar de lado o revanchismo barato contra os atuais militares (1964 já ficou para trás, é história) e resolver tratar o assunto defesa com a seriedade que ele merece, poderá ser tarde demais. Só Deus poderá salvar o Brasil.

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