Por Roberto Lopes
A decisão de uma parcela majoritária do PSDB de colaborar com um eventual governo Michel Temer sem, entretanto, indicar nomes para sua equipe ministerial, abre caminho para a volta do ex-ministro da Defesa Nelson Jobim ao cargo.
Jobim, de 70 anos, foi titular da Pasta da Defesa entre 2007 e 2011, e se exonerou depois de fazer críticas a duas colaboradoras da presidenta Dilma Roussef.
Há pouco mais de um mês, quando os staffs do PSDB e do PMDB intensificaram seus entendimentos visando garantir governabilidade a uma possível gestão Temer, o nome considerado “natural” para substituir o atual ministro Aldo Rebelo na Defesa era o do senador capixaba Ricardo Ferraço, integrante da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado. Mas, recentemente, Ferraço atendeu a um convite do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e trocou o PMDB – partido de Temer – pela legenda tucana, e, dessa forma, tornou mais difícil a sua indicação como sucessor de Rebelo.
Uma fonte do generalato das Forças Armadas disse hoje a esta coluna que tanto Jobim quanto Ferraço serão bem recebidos no Ministério, mas que Ferraço – de 53 anos incompletos (17 a menos que Nelson Jobim) – tem a vantagem de estar mais bem informado acerca das gestões dos militares dentro do Congresso Nacional, em busca de verbas e da continuidade de planos estratégicos.
Atualmente, por conta da falta de recursos, vários desses planejamentos estão virtualmente paralisados, ou têm suas atividades reduzidas a um mínimo – caso do Programa de Obtenção de Meios de Superfície (PROSUPER) e do Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz) da Marinha, da renovação de meios blindados e da aquisição de aeronaves para o Exército, e da modernização dos jatos de combate A-1 da Aeronáutica.
Prazo – Os militares lotados no Ministério da Defesa foram informados de que, no caso de Michel Temer alcançar a Presidência, o novo Ministro da Defesa terá seu nome divulgado logo no primeiro lote dos anúncios ministeriais – dentro, possivelmente, de mais 22 ou 23 dias –, e que isso se justifica pelas diferentes questões que demandam equacionamento urgente no âmbito da Defesa. Entre elas:
– A garantia de verbas e infraestrutura para que os militares desempenhem a contento a sua função de guardiões da tranquilidade dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro;
– A segurança de que o governo federal concederá o aumento de 5,5% prometido aos militares para o mês de agosto;
– A obrigação que o Presidente da República tem de aprovar a revisão da Estratégia Nacional de Defesa, da Política de Defesa e do Livro Branco de Defesa;
– A necessidade de o governo brasileiro tomar as últimas providências para o lançamento ao espaço do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC) no mês de outubro próximo; e
– A imprescindibilidade de o Executivo apoiar os gastos das Forças Armadas no segundo semestre, para que os comandos militares possam fechar a contento o turbulento ano de 2016.
Em um eventual governo Temer haverá, claro, no Ministério da Defesa, outros problemas delicados, como, por exemplo, o desaparelhamento da estrutura ministerial, hoje tomada por centenas de funcionários filiados ao PT e simpatizantes da legenda. Mas os militares já dispõem do mapa dos cargos que se encontram nas mãos dos petistas.
Com a substituição de Aldo Rebelo na Pasta, também a Secretária de Produtos de Defesa, Perpétua Almeida, do PC do B, perderá seu cargo.
Fonte > Planobrazil
Bah, agora me deu medo. O que vamos perder. Aumentar o tempo das promoções, acabar com a promoção do Praça até oficial. Sim porque da ultima vez que os Tucanos estiveram no poder perdemos muito.Faltou comida, combustível, posto acima, 1% ao ano etc...
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