CONHEÇA SANDRO ROCHA, A REVELAÇÃO DE 'TROPA DE ELITE 2' "filiado ao SGDA"
Atirar à queima-roupa em motoristas de vans, bater na cara de jornalistas e, acima de tudo peitar o (ex-)capitão Nascimento, promovido a subsecretário de Inteligência da secretaria de Segurança do Rio, são algumas das razões pelas quais o major Rocha, o Russo, transformou “Tropa de elite 2” em plataforma eleitoral para sua campanha ao cargo de maior vilão do cinema nacional. Seus bordões nada polidos — tipo “Cada cachorro que lamba a sua caceta”— se espalharam pela internet assim que o esperadíssimo longa-metragem, lançado na sexta-feira, em 636 salas, teve sua primeira exibição pública, em Paulínia, no interior paulista. Em sua “candidatura” ao planalto da vilania, o líder das milícias combatidas por Nascimento já emplacou uma vitória: fez a crítica brasileira em peso elogiar seu intérprete, Sandro Rocha, carioca nascido na Tijuca há 36 anos e criado no Lins de Vasconcelos.
— Quando eu chegava em casa das filmagens, minha mulher virava pra mim e dizia: “Você já se olhou no espelho? Olha lá. Você está parecendo um bicho.” Era assim que eu ficava ao fazer o major Rocha. Eu tinha que encontrar uma coisa que pudesse ser pior do que o tráfico, retratado no primeiro filme — explica Sandro, visto em “Tropa de elite”, de 2007, numa única sequência, na qual dispara: “Quem quer rir, tem que fazer rir.”
Numa composição assombrosa, na pele do oficial PM corrupto até a medula, cuja meta é tomar o bairro de Tanque, Sandro, formado pela Casa de Artes de Laranjeiras (CAL), entrou no elenco do novo longa de Padilha por acaso.
— Eu estava procurando um ator para o papel do major Rocha e não encontrava o que queria, mesmo com a data de filmar se aproximando. Aí resolvi testar o Sandro em apenas dois dias. E ele ganhou — conta Padilha. — A capacidade de improviso que ele tem, em especial na sequência de uma festa com a milícia, é assombrosa. Ele arrebenta.
Na construção do personagem, supervisionada pela preparadora de elenco Fátima Toledo, Sandro teve que desafiar seus próprios tabus.
— Um dia, quando eu ainda não havia alcançado o nível de maldade que o major Rocha exige, a Fátima me trancou junto com o Milhem (Cortaz, que encarna o também corrupto comandante Fábio) na sala de preparação, até com Deus eu, que sou cristão, briguei — disse o ator, que conversou com policiais, inclusive alguns ligados a milícias para tornar Rocha ainda mais pontiagudo.
— Quando eu chegava em casa das filmagens, minha mulher virava pra mim e dizia: “Você já se olhou no espelho? Olha lá. Você está parecendo um bicho.” Era assim que eu ficava ao fazer o major Rocha. Eu tinha que encontrar uma coisa que pudesse ser pior do que o tráfico, retratado no primeiro filme — explica Sandro, visto em “Tropa de elite”, de 2007, numa única sequência, na qual dispara: “Quem quer rir, tem que fazer rir.”
Numa composição assombrosa, na pele do oficial PM corrupto até a medula, cuja meta é tomar o bairro de Tanque, Sandro, formado pela Casa de Artes de Laranjeiras (CAL), entrou no elenco do novo longa de Padilha por acaso.
— Eu estava procurando um ator para o papel do major Rocha e não encontrava o que queria, mesmo com a data de filmar se aproximando. Aí resolvi testar o Sandro em apenas dois dias. E ele ganhou — conta Padilha. — A capacidade de improviso que ele tem, em especial na sequência de uma festa com a milícia, é assombrosa. Ele arrebenta.
Na construção do personagem, supervisionada pela preparadora de elenco Fátima Toledo, Sandro teve que desafiar seus próprios tabus.
— Um dia, quando eu ainda não havia alcançado o nível de maldade que o major Rocha exige, a Fátima me trancou junto com o Milhem (Cortaz, que encarna o também corrupto comandante Fábio) na sala de preparação, até com Deus eu, que sou cristão, briguei — disse o ator, que conversou com policiais, inclusive alguns ligados a milícias para tornar Rocha ainda mais pontiagudo.
— Quando a gente estava se preparando para “Tropa de elite 2”, ouvi depoimentos de pessoas envolvidas com o crime, cercadas de impunidade. Muitos desses depoimentos você pode acessar pela internet. Mas ninguém passa por eles sem se transformar.
Ex-consultor comercial, Sandro passou por peças infantis e trabalhou como palhaço, encarnando Ronald McDonald em eventos de caridade (o McDia Feliz) da rede de fast-food.
— Passei uns dois anos viajando como palhaço Ronald. Ter uma experiência variada facilita na hora de criar um tipo safo como o major Rocha — diz Sandro.
Neste momento, paralelamente às atividades para promover o candidato a blockbuster de Padilha, ele está se preparando para levar aos palcos, a partir de dezembro, uma montagem da peça “Barrela”, de Plíno Marcos, no papel do presidiário Berreco, “xerife” da cela onde a dramaturgia se desenrola. Teatro é seu elemento-base, mesmo com algumas incursões pela TV. No cinema, ele só fez os dois “Tropa...”. Mas os convites já estão pipocando para o ator, casado e pai de três filhos, que vive no Lins lutando para viabilizar um projeto de assistência social e cultural para crianças.
— Há oito anos busco patrocínio para um projeto de inclusão pela educação artísticas para as crianças do meu bairro, usando a quadra da escola de samba do Lins como base. Mas nenhum deputado ou vereador nunca me apoiou. O projeto custaria uns R$ 30 mil, que é menos do que o preço de um fuzil — diz o ator, que, na pele de Rocha, rouba armas de uma delegacia no filme de Padilha. — Ao mirar na ligação dos políticos com os milicianos, “Tropa de elite 2” tenta prever a fonte de todo o mal. Se o longa gerar debate, levantando questões, ele já justifica todo o nosso esforço.
Faça como Sandro Rocha seja um filiado de sucesso:
http://www.primeiro.ganhardinheiroagora.com/
Ex-consultor comercial, Sandro passou por peças infantis e trabalhou como palhaço, encarnando Ronald McDonald em eventos de caridade (o McDia Feliz) da rede de fast-food.
— Passei uns dois anos viajando como palhaço Ronald. Ter uma experiência variada facilita na hora de criar um tipo safo como o major Rocha — diz Sandro.
Neste momento, paralelamente às atividades para promover o candidato a blockbuster de Padilha, ele está se preparando para levar aos palcos, a partir de dezembro, uma montagem da peça “Barrela”, de Plíno Marcos, no papel do presidiário Berreco, “xerife” da cela onde a dramaturgia se desenrola. Teatro é seu elemento-base, mesmo com algumas incursões pela TV. No cinema, ele só fez os dois “Tropa...”. Mas os convites já estão pipocando para o ator, casado e pai de três filhos, que vive no Lins lutando para viabilizar um projeto de assistência social e cultural para crianças.
— Há oito anos busco patrocínio para um projeto de inclusão pela educação artísticas para as crianças do meu bairro, usando a quadra da escola de samba do Lins como base. Mas nenhum deputado ou vereador nunca me apoiou. O projeto custaria uns R$ 30 mil, que é menos do que o preço de um fuzil — diz o ator, que, na pele de Rocha, rouba armas de uma delegacia no filme de Padilha. — Ao mirar na ligação dos políticos com os milicianos, “Tropa de elite 2” tenta prever a fonte de todo o mal. Se o longa gerar debate, levantando questões, ele já justifica todo o nosso esforço.
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