A necessidade de aumentar investimentos em equipamentos militares também foi analisada pelo Ipea. Para 70%, o governo deve aumentar muito ou razoavelmente esses recursos. O destaque por região ficou novamente para o Norte (80,2%), seguido por Centro-Oeste (79,6%), por Nordeste (78,3%), Sudeste (66,8%) e, por último, Sul (55,3%).
Em compensação, 48,1% dos entrevistados avaliam que o estado desses equipamentos está muito bom ou apenas bom. Para 29%, porém, a situação está regular, e outros 18,3% observam que o estado está ruim. O percentual dos que não sabem ou não quiseram opinar foi de 4,6%.
Dados do Sistema Integrado de Dados Orçamentários (Sidor) junto com o Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) mostram que os investimentos feitos pelo Ministério da Defesa cresceram 352,47% em quatro anos, ao passar de R$ 1,824 bilhões em 2006, para R$ 8,253 em 2010.
Contudo, o próprio ministro Celso Amorim reconhece que os recursos disponibilizados são baixos. Recentemente, ele afirmou que o orçamento para o setor em 2012, não deveria ultrapassar 1,39% do Produto Interno Bruto (PIB), de modo a colocar o Brasil em posição inferior a dos demais países que compõem os BRIC (formado também por Rússia, Índia e China, com exceção da África do Sul), que investem, em média, 2,65% do PIB.
De acordo com o Ministério do Planejamento, o orçamento previsto para o Ministério da Defesa é de R$ 33,2 bilhões para este ano. Em 2011, a expectativa orçamentária era de R$ 60 bilhões.
"No geral, o apoio e a importância dados às Forças Armadas brasileiras mostraram resultados bastante positivos. A maior parte dos entrevistados afirmou que estaria disponível para contribuir de alguma forma com o esforço nacional no caso de uma guerra", conclui o coordenador do Ipea.
DCI/montedo.com
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