Cláudio Humberto
O retrato da “crise militar”: o comandante do Exército substituído, general Edson Pujol, e o novo comandante, general Paulo Sérgio, visitam juntos o ex-comandante, general Villasbôas – Foto: redes sociais.
O novo e o antigo comandantes do Exército, generais Paulo Sérgio e Edson Pujol, fizeram juntos uma visita de cortesia, nesta quinta-feira (1º), ao ex-comandante Eduardo Villas Bôas, importante liderança da Força, portador de doença degenerativa grave que dificulta seus movimento, mas não afeta sua lucidez.
O encontro ocorreu em clima amistoso e descontraído e foi descrito pelo próprio Exército, nas redes sociais, como demonstração de “laços inquebrantáveis de respeito, camaradagem e lealdade.” Paulo Sérgio e Pujol foram comandados de Villas Bôas.
Villas Bôas é da turma de 1973 e Pujol da turma de 1977 e foram companheiros no Alto Comando do Exército, do qual fazem arte 16 generais de quatro estrelas. Já o novo comandante, Paulo Sérgio, da turma de 1980, foi promovido a general quatro estrelas no comando de Villas Bôas.
A reunião informal acabou por demonstrar que a “crise militar” motivada pela substituição do ministro da Defesa não teve a gravidade apontada por setores do parlamento e da mídia.
Também ontem, em entrevista a José Luiz Datena, na Rádio Bandeirantes, o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, lembrou que, no governo, à exceção do presidente e seu vice, que foram eleitos pelo povo, todos os demais integrantes são demissíveis e substituíveis.
Por razões que não revela, como afirmou durante sua live de quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro demitiu o general Fernando Azevedo e Silva do cargo de ministro da Defesa e nomeou em seu lugar o general Braga Netto, que vinha ocupando a chefia da Casa Civil da presidência da República.
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