Os militares vão manter seu regime especial de aposentadoria, mas nem por isso vão passar incólumes pela reforma da Previdência. Uma das propostas em discussão no governo é ampliar de 30 anos para 35 anos o tempo mínimo de contribuição para aposentadoria, igualando o militar ao servidor civil nesse aspecto. Depois da reunião da quarta-feira entre o ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, e os comandantes das Forças Armadas, o ministro da Defesa,admitiu que os militares estão dispostos a discutir regras que garantam a viabilidade financeira de seu sistema de aposentadoria, ainda que não queiram integrar o regime único. “Nós estamos de acordo em que se deve buscar o equilíbrio do sistema previdenciário a médio e longo prazo. Não há nenhuma divergência a esse respeito”
“Espero que os desdobramentos caminhem justamente nessa direção, de um entendimento tranqüilo e propício às necessidades das questões previdenciárias em nosso país”, afirmou Berzoini.
Ele explicou que essas alterações serão semelhantes à reforma da Lei de Remuneração dos Militares (LRM), em dezembro de 2000, que cortou diversos benefícios, sem mexer no regime especial de aposentadoria. Entre as mudanças, estão o fim da pensão vitalícia para as filhas de militares e da promoção à patente imediatamente superior, durante a passagem para a reserva, que proporcionava aposentadoria maior.
Segundo o deputado Jair Bolsonaro (PTB-RJ), o governo anterior tentou aumentar o tempo de contribuição dos militares de 30 anos para 35 anos, mas não teve êxito. Mas o deputado admite que se tiver que mexer na aposentadoria dos militares, essa seria a única folga. “Os militares não têm condições de pagar uma contribuição maior, principalmente os praças”, disse o deputado.
Fonte > militarnewsbrasil / revistaepoca.globo.com
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