O comandante do Comando Militar da Amazônia (CMA), general-de-exército Guilherme Cals Theophillo, disse, durante o 1º Seminário sobre Drogas Ilícitas na Amazônia Internacional, que precisa de mais equipamentos para vigiar as fronteiras da região. O general avalia que o tráfico de drogas no Amazonas é pouco reprimido na fronteira.
“Estamos vivendo duas grandes guerras, a da fronteira e a urbana. O que alimenta a guerra urbana é a da fronteira. A droga e o armamento que vêm de lá abastecem as cidades, fragilizadas pela falta de estrutura em todos os aspectos”, afirmou o oficial durante o evento.
O seminário aconteceu na semana passada no auditório do Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM) em Manaus, e foi uma parceria entre o CMA, Polícia Federal (PF), Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), Ministério da Saúde e Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP/AM).
O general Theophillo cobrou mais eficiência na fiscalização das fronteiras brasileiras pelos órgãos de controle. “Nossa fronteira é muito grande e o número de pessoas cuidando disso é muito pequeno. Meu grande objetivo é fortalecer a vigilância nas fronteiras. Por exemplo, esses drones (aeronaves não tripuladas) são fundamentais na fronteira. Só faltam recursos para os colocarmos lá. Se me derem mais lanchas, mais armamento, dispositivos de visão noturna, o Exército tem como (agir), (juntamente) com os demais órgãos de segurança para cuidar mais da fronteira e evitar a entrada de tanta droga no Brasil”, afirmou.
A Polícia Federal (PF) no Amazonas conta com três peritos criminais que trabalham no processo de identificação de entorpecentes apreendidos no Estado. Conforme estatísticas reveladas durante o evento, seis toneladas de drogas foram apreendidas somente nos oito primeiros meses deste ano no Amazonas. A informação é do titular da SSP/AM, Sérgio Fontes, que também participou do seminário. Os números são referentes apenas às apreensões feitas pela Polícia Militar local.
Ivan PlavetzFonte: A Crítica-Manaus
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