Bruno Garattoni
O iPhone 5 acaba de ser apresentado pela Apple nos EUA – e é exatamente igual às imagens que haviam vazado nas últimas semanas. A tela ficou maior: 4 polegadas, com formato widescreen e resolução de 1136×640 (326 dpi, ou seja, densidade Retina). O aparelho pesa 112 gramas (20% mais leve que o iPhone 4S) e é 18% mais fino (7,6 mm). A internet é 4G – no padrão LTE, que por enquanto só rola nos Estados Unidos. O processador é o novo A6, segundo a Apple 2x mais rápido que o atual. A bateria é similar à atual – com autonomia para 8 horas de ligações ou internet 3G/4G.
A câmera manteve a mesma resolução, 8 megapixels, mas ganhou um truque legal: o modo panorâmico, que tira uma megafoto de 28 MP. A captação de voz mudou e agora o iPhone tem 3 microfones (dois na frente e um atrás), que alimentam um sistema de cancelamento de ruído. O iPhone 5 usa um novo tipo de conector, muito menor. Mas haverá um adaptador para os docks e acessórios atuais.
Os aplicativos terão de ser atualizados para aproveitar a nova tela -do contrário, rodam com uma borda preta-, mas isso deve acontecer rápido. A mudança fragmenta a plataforma iOS (pois os desenvolvedores serão obrigados a manter 2 versões de seus apps, uma para iPhone 5 e outra para iPhone antigo), mas era inevitável.
O aparelho vem com o sistema iOS 6, cujo destaque é o sistema de mapas da Apple (adotado em substituição Google Maps). Parece ok. A Siri ainda está lá – ainda sem entender português. O iPhone 5 estará disponível nas cores preta e branca, e o preço é o mesmo de hoje: US$ 200 a US$ 400 nos EUA, conforme a versão. No Brasil ainda não se sabe, mas a top provavelmente alcançará o preço de um scooter
Novos iPods, iTunes e EarPods
Análise
Ok, o iPhone 5 não é um salto à frente em termos de design (como o iPhone 4 foi, por exemplo). Não é uma novidade excitante e dramática – como, por exemplo, o Nokia Lumia e seu corpo de policarbonato colorido. A Apple foi conservadora, talvez um pouco demais. Mas o iPhone 5 é um upgrade bacana, que realinha a estratégia da empresa com a nova realidade do mercado: telas maiores, algo que Steve Jobs detestava mas as pessoas adoram (e é parcialmente responsável pela ascensão do Android). Vai vender bastante. Mas a Apple realmente precisa de algo mais impactante para a próxima geração. Pelo menos, é o que eu gostaria de ver. Os novos iPods são legais, mas players são um produto em extinção -estão cada vez mais confinados a nichos de público, como crianças ou frequentadores de academia.
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