Audiência Pública para debater o PL 4373/2012
A Câmara dos Deputados marcou Audiência Pública de 15 a 21 de maio de 2013 para debater o Projeto de Lei n° 4373/2012. O Projeto de Lei iniciado no Ministério da Defesa visa extinguir o Quadro Especial de Terceiros-Sargentos do Exército, criar o Quadro Especial de Terceiros-Sargentos e Segundos-Sargentos do Exército e ainda dispõe sobre a promoção de soldados estabilizados à graduação de cabo.
Os militares atingidos pelo Projeto de Lei querem isonomia a Leis semelhantes que já foram aprovadas para a Aeronáutica e a Marinha.
Íntegra do Projeto inicial enviado a Câmara dos Deputados:
Via: pmbnacional
SER MILITAR...
"Senhor, umas casas existem, no vosso reino, onde homens vivem em comum, comendo do mesmo alimento, dormindo em leitos iguais.
De manhã, a um toque de corneta, se levantam para obedecer. De noite, a outro toque de corneta, se deitam obedecendo. Da vontade fizeram renúncia como da vida.
Seu nome é sacrifício. Por ofício desprezam a morte e o sofrimento físico. Seus pecados mesmo são generosos, facilmente esplêndidos. A beleza de suas ações é tão grande que os poetas não se cansam de a celebrar.
Quando eles passam juntos, fazendo barulho, os corações mais cansados sentem estremecer alguma coisa dentro de si. A gente conhece-os por MILITARES...
Corações mesquinhos lançam-lhes em rosto o pão que comem; como se os cobres do pré pudessem pagar a liberdade e a vida. Publicistas de vista curta acham-nos caros demais, como se alguma coisa houvesse mais cara que a servidão.
Eles, porém, calados, continuam guardando a Nação do estrangeiro e de si mesma. Pelo preço de sua sujeição, eles compram a liberdade para todos e os defendem da invasão estranha e do jugo das paixões.
Se a força das coisas os impede agora de fazer em rigor tudo isto, algum dia o fizeram, algum dia o farão.
E, desde hoje, é como se o fizessem.
Porque, por definição, o homem da guerra é nobre. E quando ele se põe em marcha, à sua esquerda vai coragem, e à sua direita a disciplina".
(MONIZ BARRETO - Carta a El-Rei de Portugal, 1893). IME
"Senhor, umas casas existem, no vosso reino, onde homens vivem em comum, comendo do mesmo alimento, dormindo em leitos iguais.
De manhã, a um toque de corneta, se levantam para obedecer. De noite, a outro toque de corneta, se deitam obedecendo. Da vontade fizeram renúncia como da vida.
Seu nome é sacrifício. Por ofício desprezam a morte e o sofrimento físico. Seus pecados mesmo são generosos, facilmente esplêndidos. A beleza de suas ações é tão grande que os poetas não se cansam de a celebrar.
Quando eles passam juntos, fazendo barulho, os corações mais cansados sentem estremecer alguma coisa dentro de si. A gente conhece-os por MILITARES...
Corações mesquinhos lançam-lhes em rosto o pão que comem; como se os cobres do pré pudessem pagar a liberdade e a vida. Publicistas de vista curta acham-nos caros demais, como se alguma coisa houvesse mais cara que a servidão.
Eles, porém, calados, continuam guardando a Nação do estrangeiro e de si mesma. Pelo preço de sua sujeição, eles compram a liberdade para todos e os defendem da invasão estranha e do jugo das paixões.
Se a força das coisas os impede agora de fazer em rigor tudo isto, algum dia o fizeram, algum dia o farão.
E, desde hoje, é como se o fizessem.
Porque, por definição, o homem da guerra é nobre. E quando ele se põe em marcha, à sua esquerda vai coragem, e à sua direita a disciplina".
(MONIZ BARRETO - Carta a El-Rei de Portugal, 1893). IME
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