O governo vive a pior crise do século e quer dividir com a sociedade o ônus de seguidos erros da equipe econômica. Levi, na noite dessa quinta-feira, depois do anúncio do rebaixamento do Brasil, chegou a dizer que a sociedade não se importaria de pagar mais impostos se isso elevar a credibilidade do país.
O governo avisou que vai cortar gastos dentro da máquina estatal. Mas, como ninguém acredita que o governo petista vai reduzir de forma significativa o número de cargos de confiança, ha temores de que categorias ligadas ao poder executivo, como os militares, acabem sendo as mais prejudicadas, já que os índices de reposição salarial ainda não foram anunciados.
INSS, funcionários de hospitais federais e funcionários da justiça federal estão entre os muitos funcionários públicos em intensa negociação em busca de reajustes salariais maiores do que o prometido pelo governo.
No Rio o funcionalismo público deve receber um reajuste de 10% já no mês de outubro.
Em Brasília os servidores do INSS só conseguiram arrancar do governo a promessa de 10.8% de reajuste.
Alguns leitores do site já demonstram preocupação com a demora no anúncio do índice de reajuste a ser concedido para os militares das Forças Armadas.
“se o comandante já falou que é maior que 21% o que falta pra anunciar? Acho que isso é papo furado”
“Os primeiros a se ferrar serão os militares, alguém duvida disso?”
A verdade é que os militares têm razão para ficar apreensivos, depois das palavras do comandante do Exército no início de agosto, quando disse que será “aumento em 25% até 2019”, o governo mantém silencio absoluto sobre o reajuste.
Jornais dizem que “fontes do Ministério da Defesa” anunciaram que vai ser parcelado em quatro vezes e que a primeira parcela será de 5.5%. Contudo, essa informação, que não revela as tais fontes, parece não ser correta. A parcela de 5.5% foi anunciada para o funcionalismo civil, que deve receber 21.3% de reajuste.
Se for confirmado o índice de 25% para as Forças Armadas, espera-se que a primeira parcela seja bem mais próxima de 6%.
Com a primeira parcela de 6%, um terceiro sargento do Exército, que recebe soldo de R$2.949 deve ter o mesmo reajustado para R$3.125. Um soldado, que recebe R$ 642, deve receber um reajuste de R$ 38, ficando com um salário de R$680,00
Levando em consideração que nos últimos meses a energia elétrica teve mais de 40% de reajuste, em média, e que o botijão de gás foi reajustado em 15% depreende-se facilmente que esse reajuste não cobre sequer as perdas dos últimos meses.
Nessa manhã de sexta (11/09) os telejornais afirmaram que a inflação dos últimos 12 meses ficou por volta de 9.5%.
Esses índices deixam bem claro que o governo federal na verdade está reduzindo o salário dos militares das Forças Armadas. Os comandantes militares têm que se posicionar e insistir para que acabe esse parcelamento de reajustes, que deixa os militares amarrados por quatro anos a índices que só acentuam suas perdas.
Que seja feito como no passado, reponha-se as perdas inflacionárias do período anterior e só isso. No ano seguinte as negociações seriam retomadas com base em índices reais.
Infelizmente, ninguém cconsegue explicações sobre os motivos que levam o governo a adiar o anuncio do índice e obviamente a cada dia as especulações sobre isso aumentarão.
Fonte> Revista Sociedade Militar
Nenhum comentário:
Postar um comentário