Brasil está reduzindo tropas militares no Haiti, diz ministro das Relações Exteriores
Missão de paz brasileira está no país há nove anos
Soldados brasileiros chegam ao Haiti em 200423.06.2004/Ariana Cubillos/AP |
Kamilla Dourado, do R7, em Brasília
O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, disse nesta quinta-feira (6) que o Brasil está diminuindo a quantidade de militares brasileiros no Haiti. O ministro não especificou a partir de quando o contigente será enxugado nem o número de militares a serem retirados. Atualmente, 1.450 soldados das Forças Armadas do Brasil atuam no país caribenho.
— Estamos em processo de redução de militares no Haiti.
Segundo o ministro, que participou de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado, já há um consenso sobre a retirada dos militares com a ONU (Organização das Nações Unidas).
Sobre a entrada de imigrantes haitianos, Figueiredo afirmou que o Itamaraty trabalha em Porto Príncipe para emitir os vistos para o Brasil o mais rápido possível.
— Temos feito a nossa parte ao acolher um contingente grande de haitianos, tanto [para] aqueles que entram com documentos e os que entram indocumentados. A nossa embaixada em Porto Príncipe está em processo de vistos aceleradíssimo. Mesmo com meios limitados e diante do número enorme, conseguimos conceder visto em prazo de um mês, que não é alto.
O R7 noticiou na semana passada que o número de imigrantes haitianos no País quase triplicou em 2013. Já são mais de 21 mil haitianos com o chamado "visto permanente por razões humanitárias", incluindo os que receberam o documento no país caribenho e aqueles que chegaram ao País indocumentados.
A assistência a esses haitianos está sendo feito pelo Itamaraty e pelos ministérios da Justiça e do Desenvolvimento Social.
De acordo com Figueiredo, todos os casos de imigrantes ilegais estão sendo analisados pelo Conare (Comitê Nacional de Refugiados).
— A demanda subiu. Há a necessidade de nos aparelharmos cada vez mais. É um desafio que deve ser enfrentado, está sendo enfrentado.
Minustah no Haiti
O Brasil está no comando militar da Minustah (Missão da ONU no Haiti) desde 2004, período em que gastou cerca de R$ 2 bilhões. Atualmente, mantém aproximadamente 1.450 soldados na missão.
Em 2010, o contingente chegou a 2.300, após o terremoto que assolou o país em janeiro daquele ano.
O forte sismo de 9 graus na escala Richter provocou a morte de pelo menos 220 mil pessoas, deixando ainda 1,5 milhão de deslocados.
O Brasil registrou 21 vítimas, entre elas a médica sanitarista Zilda Arns, de 75 anos.
Fonte R7/montedo.com / portalsgda
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