Batalhão com 1,2 mil militares embarca para o Haiti
iG Paulista - 26/11/2013 - 18h16 |
Fábio Gallacci | gallacci@rac.com.br
Fábio Gallacci | gallacci@rac.com.br
Foto: Carlos Sousa Ramos/AAN Após quatro meses de treinamento, os primeiros militares do 19º Contingente Brasileiro de Força de Paz começaram a rumar para o Haiti
Após quatro meses de treinamento, grande parte dele realizado em Campinas e região, os primeiros militares que integram o Batalhão de Infantaria do 19º Contingente Brasileiro de Força de Paz (Brabat 19) começaram a rumar para o Haiti no início da tarde desta terça-feira (26). O grupo total de 1,2 mil homens e mulheres - por volta de 400 campineiros - ficarão no país caribenho por pelo menos seis meses atuando na Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah, em francês).
A primeira leva, formada por cerca de 200 militares, se despediu com uma cerimônia especial na Base Aérea do Estado de São Paulo, localizada no conjunto do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos.
Com a presença de autoridades e de muitas famílias, o momento foi de emoção e orgulho. O prefeito Jonas Donizette (PSB) participou do evento entregando uma bandeira da cidade para ser levada ao destino.
Ao lado dos brasileiros, 31 colegas paraguaios que também foram treinados na região participaram do embarque. O restante do grupo viaja ao longo desta semana.
No caminho até o hangar onde houve a cerimônia, os militares foram surpreendidos pelos colegas que haviam acabado de voltar do Haiti horas antes.
Soldados e oficiais de Cuiabá (MT), Campo Grande (MS) e Curitiba (PR) aplaudiram e incentivaram a tropa que vai substituí-los a partir do começo de dezembro. Na bagagem de quem estava partindo, muitas fotos de pessoas queridas, lembranças e a certeza de que voltarão com uma vivência rara em suas vidas.
"É a primeira vez que vou para uma missão como essa. Eu sempre quis vivenciar uma outra cultura e estou um pouco ansioso. Mas o treinamento foi longo e consegui pegar muita experiência. Como estamos em uma missão de paz, a ideia é ir para lá e ajudar. Com esse apoio que estamos recebendo aqui, nós vamos com muito mais amor e dedicação. A gente fica triste de deixar a família, mas tem na mente o objetivo de cumprir a missão. É algo que vai além da carreira. É um ganho para as nossas vidas", confirmou o sargento Abel Marchetti, nascido em Campinas e morador do Taquaral, que estava ao lado da mulher Edneide e do filho Robert.
O terceiro sargento Ramiro da Silva Neto, nascido no DIC 1, também estava cercado pelos parentes no momento da despedida. "Foi um esforço que valeu a pena e, agora, estamos preparados para colaborar e colocar mais uma pedrinha para ajudar o povo haitiano, assim como fizeram outros batalhões antes de nós. Com certeza, sinto que estou levando um pouco de Campinas comigo também", disse.
A terceiro sargento Raquel Andrade, que atua no 28º Batalhão de Infantaria Leve (BIL) de Campinas, trouxe praticamente a família toda de Barbacena (MG) até Guarulhos para se despedir. "Esse momento significa tudo para mim. Espero ajudar o máximo que eu puder", prometeu.
Com os parentes no Rio de Janeiro, a major Márcia Albuquerque, pertencente ao efetivo da Engenharia do Exército, não segurou as lágrimas durante a cerimônia. Ela ressaltou a importância das mulheres no grupo. Aos poucos, elas vão conquistando cada vez mais espaço.
"A expectativa para essa missão é a melhor possível no sentido de você poder contribuir com um país que vive em uma situação de miséria e que passa por uma reconstrução. Me sinto muito privilegiada e honrada por fazer parte disso. Também como mulher. A ONU estimula uma maior presença delas nas missões, mas ainda somos poucas. No nosso efetivo da Engenharia de 250 pessoas, por exemplo, somos apenas quatro", comentou.
Além dos campineiros, o Brabat 19 também conta com militares das cidades de São Paulo, Osasco, Caçapava, São Vicente, Pirassununga e Lins. A mistura de ansiedade do grupo pelo começo real da missão e a certeza de que a preparação foi a melhor possível dão tranquilidade ao comandante do grupo, o coronel Anísio David de Oliveira Júnior.
"Todos estão confiantes porque fizeram um bom treinamento. Nós acreditamos que a missão será muito bem cumprida justamente em função dessa vontade do grupo de fazer sempre o melhor", apontou.
Paraguaios
Já em seu 14º pelotão indo para o Haiti, o Exército paraguaio manteve uma parceria com o Brasil que é importante até mesmo para os assuntos regionais, como o controle das fronteiras entre os dois países.
"A participação na Missão de Paz vem desde 2006. Nosso objetivo é chegar bem, com um bom espírito e voltar com muita moral. O treinamento foi muito bom em Campinas. Essa união entre os exércitos brasileiro e paraguaio é muito importante", confirmou o tenente coronel Edgar Aguirre.
A primeira leva, formada por cerca de 200 militares, se despediu com uma cerimônia especial na Base Aérea do Estado de São Paulo, localizada no conjunto do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos.
Com a presença de autoridades e de muitas famílias, o momento foi de emoção e orgulho. O prefeito Jonas Donizette (PSB) participou do evento entregando uma bandeira da cidade para ser levada ao destino.
Ao lado dos brasileiros, 31 colegas paraguaios que também foram treinados na região participaram do embarque. O restante do grupo viaja ao longo desta semana.
No caminho até o hangar onde houve a cerimônia, os militares foram surpreendidos pelos colegas que haviam acabado de voltar do Haiti horas antes.
Soldados e oficiais de Cuiabá (MT), Campo Grande (MS) e Curitiba (PR) aplaudiram e incentivaram a tropa que vai substituí-los a partir do começo de dezembro. Na bagagem de quem estava partindo, muitas fotos de pessoas queridas, lembranças e a certeza de que voltarão com uma vivência rara em suas vidas.
"É a primeira vez que vou para uma missão como essa. Eu sempre quis vivenciar uma outra cultura e estou um pouco ansioso. Mas o treinamento foi longo e consegui pegar muita experiência. Como estamos em uma missão de paz, a ideia é ir para lá e ajudar. Com esse apoio que estamos recebendo aqui, nós vamos com muito mais amor e dedicação. A gente fica triste de deixar a família, mas tem na mente o objetivo de cumprir a missão. É algo que vai além da carreira. É um ganho para as nossas vidas", confirmou o sargento Abel Marchetti, nascido em Campinas e morador do Taquaral, que estava ao lado da mulher Edneide e do filho Robert.
O terceiro sargento Ramiro da Silva Neto, nascido no DIC 1, também estava cercado pelos parentes no momento da despedida. "Foi um esforço que valeu a pena e, agora, estamos preparados para colaborar e colocar mais uma pedrinha para ajudar o povo haitiano, assim como fizeram outros batalhões antes de nós. Com certeza, sinto que estou levando um pouco de Campinas comigo também", disse.
A terceiro sargento Raquel Andrade, que atua no 28º Batalhão de Infantaria Leve (BIL) de Campinas, trouxe praticamente a família toda de Barbacena (MG) até Guarulhos para se despedir. "Esse momento significa tudo para mim. Espero ajudar o máximo que eu puder", prometeu.
Com os parentes no Rio de Janeiro, a major Márcia Albuquerque, pertencente ao efetivo da Engenharia do Exército, não segurou as lágrimas durante a cerimônia. Ela ressaltou a importância das mulheres no grupo. Aos poucos, elas vão conquistando cada vez mais espaço.
"A expectativa para essa missão é a melhor possível no sentido de você poder contribuir com um país que vive em uma situação de miséria e que passa por uma reconstrução. Me sinto muito privilegiada e honrada por fazer parte disso. Também como mulher. A ONU estimula uma maior presença delas nas missões, mas ainda somos poucas. No nosso efetivo da Engenharia de 250 pessoas, por exemplo, somos apenas quatro", comentou.
Além dos campineiros, o Brabat 19 também conta com militares das cidades de São Paulo, Osasco, Caçapava, São Vicente, Pirassununga e Lins. A mistura de ansiedade do grupo pelo começo real da missão e a certeza de que a preparação foi a melhor possível dão tranquilidade ao comandante do grupo, o coronel Anísio David de Oliveira Júnior.
"Todos estão confiantes porque fizeram um bom treinamento. Nós acreditamos que a missão será muito bem cumprida justamente em função dessa vontade do grupo de fazer sempre o melhor", apontou.
Paraguaios
Já em seu 14º pelotão indo para o Haiti, o Exército paraguaio manteve uma parceria com o Brasil que é importante até mesmo para os assuntos regionais, como o controle das fronteiras entre os dois países.
"A participação na Missão de Paz vem desde 2006. Nosso objetivo é chegar bem, com um bom espírito e voltar com muita moral. O treinamento foi muito bom em Campinas. Essa união entre os exércitos brasileiro e paraguaio é muito importante", confirmou o tenente coronel Edgar Aguirre.
Fonte: correio.rac.com.br
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