Segundo jornalista, 75 mil funcionários da NSA têm acesso a sistema de monitoramento de e-mails: “Esse sistema é muito mais poderoso do que as pessoas imaginam”
por Alexandre Galante
A visão dos Estados Unidos a respeito do governo brasileiro mudou “radicalmente” quando o ex-presidente Lula reconheceu o direito do governo do iraniano Mahmoud Ahmadinejad de manter um programa nuclear com fins pacíficos, segundo informou nesta terça-feira o jornalista Glenn Greenwald, do jornal The Guardian, que publicou as primeiras matérias com vazamento de denúncias sobre espionagem americana a vários países, incluindo o Brasil.
Segundo Greenwald, nesta ocasião, em 2009, os Estados Unidos passaram a olhar com desconfiança para o País, e confirmou a necessidade de espionagem ao Brasil. “Ficou certo que a América Latina é alvo para espionagem dos Estados Unidos quando o governo de Lula apoiou o Irã. Com certeza a opinião política sobre o Brasil mudou muito. Pela primeira vez os jornais falaram coisas contra o Brasil, que o Brasil perdeu a oportunidade de um lugar permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas e, com isso, o governo americano mudou a forma de olhar para o Brasil, e é em parte por que o Brasil é alvo de espionagem grande”, disse o jornalista.
Greenwald denunciou que o governo americano não está apenas coletando metadados, como informou o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon – metadados são dados como tempo de ligações telefônicas e envio de e-mails sem que haja revelação do teor da comunicação. O jornalista afirmou que o sistema de interceptação de dados da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) é fácil de usar e há, pelo menos, 75 mil funcionários da NSA com acesso às informações.
Via: forte.jor
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