Jaime Aparicio
Diplomata boliviano, hoje professor e consultor em Washington. Reunião UPLA-FLC/DEM-FHS/AL.
2. A política externa de Lula foi ganhar prestígio e, para isso, se opor aos EUA e se acercar a governos populistas dentro e fora da América Latina. Agenda da AL –com exceções- passa a ser ideológica. Com isso, Obama se aproxima da Índia e a destaca como prioridade para o Conselho de Segurança da ONU. Brasil é um parceiro difícil. Casos de Irã e Cuba (morte de dissidente e declarações de Lula) irritaram EUA.
3. Com Dilma há sinais de moderação, mas se percebe que Dilma só olha para dentro, despriorizando a política externa. Brasil não tem estratégia em relação aos EUA ou a Obama. Há uma subordinação (e até adesão) do Itamaraty à ideologização da política externa brasileira. Silêncio do Brasil aos reiterados ataques de governos à liberdade de expressão na AL sublinham esta situação.
5. Governo dos EUA sinaliza designando um diretor específico para o Brasil no Departamento de Estado e no Conselho de Segurança. Há que pensar entendimento semelhante ao da Índia com EUA. Assessores de Obama vazaram que houve uma boa empatia com Dilma e que essa pode ser uma chance se reeleito.
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