O Ministério da Saúde vai testar a eficácia da substância fosfoetanolamina, desenvolvida na USP de São Carlos, no interior de São Paulo, e usada no combate ao câncer.
Um grupo de estudo composto de pesquisadores ligados ao Ministério da Saúde e à Anvisa vai trabalhar em conjunto com o Instituto Nacional do Câncer e a Fiocruz.
Se a eficácia da substância for comprovada, ela deverá ser produzida por laboratórios públicos oficiais.
Em uma audiência no Senado, o médico e pesquisador Renato Meneguelo se ajoelhou pedindo para que os testes fossem realizados. A substância foi desenvolvida pelo químico aposentado Gilberto Chierice, que também foi à audiência pedir a realização dos estudos. A pílula com a substância existe há 23 anos, mas nunca teve a eficácia comprovada por estudos oficiais.
Dr. Renato Meneguello presta serviços como médico em várias unidades de saúde do município de Tauá e ao publicar um vídeo em uma rede social, levantou o debate que tomou conta do país.
Veja o vídeo
Audiência no Senado
Audiência pública nesta quinta-feira (29), no Senado, permitiu amplo debate sobre a fosfoetanolamina sintética, a substância que vem sendo divulgada como eficaz no tratamento de diversos tipos de câncer e motivando uma enxurrada de ações judiciais iniciadas por pacientes que reivindicam o fornecimento da droga. Durante quase seis horas, falaram mais de 15 convidados, entre os quais os envolvidos nas pesquisas, gestores do governo federal e pacientes que falaram sobre os ganhos obtidos com a terapia experimental.
O representante do Ministério da Saúde, secretário da área de Ciência e Tecnologia, Adriano Massuda, confirmou que a pasta já criou uma força-tarefa para acompanhar os estudos com a substância e conceber estratégias para a produção. O representante do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Gelsio Luiz Quintela Mendes, manifestou a disposição do órgão em participar dos ensaios clínicos.
Os pacientes querem antes de tudo a garantia de entrega das cápsulas da substância, atualmente interrompida. Por força de decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, a Universidade de São Paulo (USP), por meio do Instituto de Química em São Carlos, está obrigada a cumprir as mais de 1.200 liminares já expedidas. Nesse instituto, as cápsulas vinham sendo produzidas em pequena escala, com distribuição a pacientes.
Ao participar da audiência, Dr. Renato fez um apelo emocionante aos técnicos do Ministério da Saúde para que continuassem os testes com a substância fosfoetanolamina.
Veja o pronunciamento do médico no Senado
Sites: G1/Senado / http://www.blogdowilrismar.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário